Salário do presidente, dos ministros e parlamentares sobe para R$ 46,3 mil em fevereiro

A partir de 1º de fevereiro, o salário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministros do governo e parlamentares do Congresso Nacional passa por um reajuste e chega a R$ 46.366,19 por mês.

O reajuste representa um acréscimo de 5,36% em relação ao salário anterior e equivale a mais de 30 vezes o salário mínimo nacional.

A medida também beneficia ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o procurador-geral da República, já que o salário do STF funciona como teto do funcionalismo público.

O reajuste faz parte de um aumento escalonado aprovado pelo Congresso em dezembro de 2022 e sancionado pela Lei nº 14.520/2023, que estabeleceu incrementos em janeiro e abril de 2023, fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025.

O objetivo da medida era manter a equiparação salarial entre os chefes dos Três Poderes.

Reajuste gradual e impacto salarial

O aumento foi implementado em etapas. Antes da aprovação da lei, em 2022, o presidente, vice-presidente e ministros do Executivo recebiam R$ 30.934,70 mensais.

Já os parlamentares tinham um salário de R$ 33.763,00. Com a nova legislação, os reajustes ocorreram da seguinte forma:

  • Janeiro de 2023: R$ 39.293,32
  • Abril de 2023: R$ 41.650,92
  • Fevereiro de 2024: R$ 44.008,52
  • Fevereiro de 2025: R$ 46.366,19

O reajuste total representa um aumento de aproximadamente 50% no salário do presidente e ministros do Executivo e de 37% no salário de deputados e senadores.

Para os ministros do STF e o chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR), o aumento total foi de 18%, já que, em dezembro de 2022, recebiam R$ 39.293,32.

A justificativa da lei foi manter o equilíbrio remuneratório entre os três Poderes, já que o último aumento para presidente, vice, ministros e parlamentares ocorreu em 2014.

Teto do salário do serviço público e debate sobre supersalários

Os salários dos ministros do STF servem como limite máximo para toda a administração pública federal.

Isso significa que nenhum servidor pode ganhar mais do que R$ 46.366,19, independentemente do cargo.

Entretanto, benefícios e indenizações recebidos por alguns servidores permitem que, na prática, os vencimentos ultrapassem esse teto, gerando o fenômeno dos “supersalários”.

Para combater isso, o governo federal, o Congresso e o STF negociam um novo projeto de lei que pretende criar um limite separado para os benefícios indenizatórios.

A proposta em discussão prevê dois tetos:

  1. Um para o salário base, mantido no valor do STF.
  1. Um para indenizações e benefícios adicionais, com um percentual máximo permitido.

Atualmente, os benefícios, como auxílio-moradia e verbas indenizatórias, não entram no cálculo do teto salarial.

A regulamentação dessa questão enfrenta resistência dentro do próprio Congresso, já que afeta principalmente servidores dos escalões mais altos.

As negociações já envolveram o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o possível sucessor Davi Alcolumbre (União-AP) e ministros do STF. O debate deve avançar com o retorno das atividades legislativas em fevereiro.

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Impacto no orçamento e na administração pública

Com a implementação do novo salário, as despesas do governo federal aumentam significativamente, já que o reajuste afeta não apenas os cargos do alto escalão, mas também diversos servidores que têm seus vencimentos atrelados ao teto do STF.

A medida gera discussões no congresso e entre especialistas sobre o impacto nas contas públicas e a necessidade de ajustes fiscais para acomodar o aumento sem comprometer outras áreas do orçamento.

Com a entrada em vigor do último reajuste da lei aprovada em 2022, a discussão sobre novos aumentos para autoridades federais deve permanecer no radar político nos próximos anos.

Para economistas, a discussão ganha mais atenção especialmente com as negociações sobre a regulamentação dos supersalários e os desafios fiscais do país.

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