Nunes repete Kassab e diz que Lula perderia eleição hoje: “Vai ter dificuldade”

O presidente Lula e o prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB): emedebista diz que o petista terá dificuldade para se reeleger. Foto: Reprodução.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou na última quinta-feira (30) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perderia uma eleição se ela fosse realizada hoje e que a situação do petista tende a se agravar até 2026.

“E, em 2026, [Lula] perde por uma margem maior ainda. Porque a economia não está indo bem”, disse Nunes em entrevista à rádio Nova Brasil.

Para o prefeito, Lula enfrentará grandes dificuldades para se reeleger diante dos adversários que devem surgir nos próximos anos. “Creio que o presidente Lula vai ter muita dificuldade [de se reeleger], ainda mais com os nomes que devem estar vindo aí”, afirmou.

“Papagaio?”

As declarações de Nunes vieram um dia após Gilberto Kassab, secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo e presidente do PSD, afirmar que o governo Lula tem cometido “muitos erros” na economia e que o petista não venceria uma eleição se ela ocorresse hoje.

“Se fosse hoje, o PT não estaria na condição de favorito. Eles perderiam a eleição”, declarou Kassab, acrescentando que “os partidos de centro estão criando uma alternativa para 2026”. O secretário também fez críticas diretas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamando-o de “fraco”.

Lula reagiu às falas de Kassab durante uma entrevista no Palácio do Planalto, na última quinta-feira, ironizando a análise do presidente do PSD.

“Quando vi a história do companheiro Kassab, comecei a rir. Quando ele disse que se a eleição fosse hoje eu perderia, eu olhei no calendário e percebi que a eleição é só daqui a dois anos e fiquei muito despreocupado, porque hoje não tem eleição”, disse o mandatário.

O presidente também defendeu Haddad e sua atuação no Ministério da Fazenda. “Acredito que ele [Kassab] foi injusto ao desconsiderar o papel do companheiro Haddad no Ministério da Fazenda. Eu posso até não ter afinidade pessoal com alguém, mas negar que Haddad iniciou nosso governo coordenando a PEC da Transição, essencial para garantir recursos em 2023, seria um erro”, afirmou o petista.

E continuou: “Acho que o Haddad é um ministro extraordinário. Ele conseguiu convencer todo o governo e o Congresso da necessidade de cumprir o arcabouço fiscal e limitar os investimentos a 2,5%. Além disso, liderou um processo que será reconhecido mundialmente: a reforma tributária. Foi, de fato, um feito histórico conseguirmos estruturar uma política tributária que entrará em vigor em 2027.”

Lula encerrou sua fala rebatendo as críticas de Kassab. “Só por isso, Haddad já mereceria o reconhecimento de Kassab”, concluiu.

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