Davi Alcolumbre é reeleito presidente do Senado com 73 votos

Davi Alcolumbre. Foto: Divulgação

O senador Davi Alcolumbre (União-AP), de 47 anos, foi reeleito presidente do Senado Federal neste sábado (1). A eleição, que teve todos os 81 senadores votando, foi marcada por ampla vitória e um placar final que consolidou a força política do parlamentar.

Ele atingiu 73 votos, garantindo sua reeleição, enquanto seus adversários, o astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE), receberam apenas 4 votos cada. Ambos os derrotados são linha dura do bolsonarismo no Congresso.

A votação foi concluída às 15h12, quando Alcolumbre alcançou os 41 votos necessários para a reeleição, e o resultado foi proclamado às 15h19.

As imagens do plenário mostraram momentos de celebração, com os senadores Randolfe Rodrigues (PT-AP) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) repassando ligações de líderes políticos ao recém-eleito presidente do Senado. De acordo com parlamentares presentes, as ligações eram de Lula e Bolsonaro, respectivamente.

Com essa vitória, Davi Alcolumbre assume a presidência do Senado pela segunda vez. Sua primeira gestão ocorreu entre 2019 e 2020, quando ele venceu a disputa pela presidência do Senado após a desistência de Renan Calheiros (MDB-AL). Naquela ocasião, o processo foi marcado por controvérsias, incluindo a suspeita de voto fantasma, que nunca foi oficialmente esclarecida.

Em 2024, Alcolumbre já havia formado um bloco de alianças políticas que o tornaram praticamente imbatível. O senador conseguiu o apoio de partidos tanto da base do governo quanto da oposição, reunindo 73 congressistas. Entre os partidos que apoiaram sua candidatura estavam PSD (15 senadores), PL (14), MDB (11), PT (9), União (7), PP (6), PSB (4), Republicanos (4) e PDT (3), além de senadores do Podemos e PSDB. Isso representou cerca de 94% do Senado.

Davi Alcolumbre assumirá o Senado em um momento de intensos debates sobre a transparência no processo de indicações de emendas parlamentares, especialmente no contexto do chamado “orçamento secreto”. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, pediu mais clareza em relação às emendas de comissão, que têm gerado discussões sobre a distribuição de recursos.

Durante sua primeira gestão, Alcolumbre trabalhou para ampliar a verba destinada a emendas parlamentares e aumentar o poder do Congresso sobre o orçamento federal. Em 2024, um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que cinco das dez cidades mais beneficiadas por emendas parlamentares entre 2020 e 2023 estão localizadas no Amapá, estado de Alcolumbre, o que gerou questionamentos sobre a distribuição de recursos.

Uma norma constitucional e uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) impediram que Alcolumbre se candidatasse à reeleição em 2020. Conforme a legislação, presidentes da Câmara e do Senado só podem buscar a reeleição após uma eleição geral, mas não podem disputar novamente durante a mesma legislatura. Em seu lugar, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi eleito e exerceu o cargo de 2021 a 2025.

Nos últimos anos, Alcolumbre manteve uma posição de destaque no Senado ao presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais influentes da Casa. Embora tenha exercido o papel de “primeiro-ministro” ao coordenar pautas e a distribuição de emendas, ele continuará sendo uma figura central no Senado após sua reeleição.

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