Ucrânia e Rússia acusam-se mutuamente por ataque fatal a colégio na região de Kursk

Soldado ucraniano patrulha rua próxima a edifícios danificados na cidade de Sudzha, na região de Kursk

KYIV (Reuters) – A Ucrânia e a Rússia trocaram acusações sobre o responsável por um ataque fatal com mísseis no sábado que matou pelo menos quatro pessoas no dormitório de um colégio interno situado na região russa de Kursk, controlada pelas forças de Kiev.

Algumas das batalhas mais ferozes da guerra nos últimos meses ocorrem na região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia, onde as forças de Kiev têm mantido áreas desde que realizaram uma grande incursão transfronteiriça em agosto de 2024.

As Forças Armadas da Ucrânia disseram no aplicativo de mensagens Telegram que a Rússia havia lançado uma bomba aérea do território russo que atingiu um internato em Sudzha, matando pelo menos quatro pessoas. O internato abrigava pessoas que estavam se preparando para sair da região.

Até as 17h (horário de Brasília) do sábado, 84 pessoas haviam sido resgatadas ou recebido assistência médica, segundo as forças ucranianas. Quatro dos feridos estavam em estado grave. Os esforços de resgate para remover os escombros seguiam em andamento.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que o ataque a Sudzha, a cerca de 12 km da fronteira com a Ucrânia, mostrou como a Rússia trava essa guerra.

“Eles destruíram o prédio, embora dezenas de civis estivessem lá”, escreveu Zelensky na plataforma de mídia social X.

“Foi assim que a Rússia travou uma guerra contra a Chechênia décadas atrás. Eles mataram sírios da mesma forma. As bombas russas destroem casas ucranianas da mesma forma.”

O Ministério da Defesa da Rússia disse na madrugada deste domingo no Telegram que as forças ucranianas haviam lançado “um ataque de míssil direcionado a um colégio interno na cidade de Sudzha” a partir do território ucraniano.

Em uma declaração, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, chamou o caso de “ataque terrorista” e prometeu levar Kiev à justiça.

O governador interino da Rússia na região de Kursk, Alexander Khinshtein, também culpou as forças de Kiev pelo ataque e disse que ainda não havia informações confiáveis sobre o número de possíveis vítimas.

O porta-voz militar da Ucrânia, Oleksiy Dmytrashkivskyi, havia dito anteriormente em um vídeo postado no Facebook que cerca de 100 pessoas estavam sob os escombros no local, que, segundo ele, abrigava principalmente idosos e enfermos.

A Reuters não conseguiu verificar as alegações de nenhum dos lados de forma independente, e o alcance do ataque não ficou claro.

Os dois lados negam ter civis como alvo na guerra que a Rússia iniciou com sua invasão em grande escala em fevereiro de 2022. Milhares de civis, no entanto, foram mortos, a grande maioria deles ucranianos.

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