Ata do Copom, Jolts, balanço da Alphabet, falas do Fed e mais destaques desta 3ª

A sessão de ontem foi marcada por reação de mercados globais e do dólar aos anúncios de tarifas dos Estados Unidos ao México, Canadá e China. No entanto, a notícia de que EUA e México concordaram em pausar por um mês a aplicação das novas tarifas de importação fez o dólar despencar ao redor do mundo, passando a registrar perdas ante o real.

Ontem, a baixa da moeda norte-americana, em meio à leitura de que é uma boa notícia haver negociações antes da guerra comercial que se esboça, amplificou o recuo das taxas dos DIs com prazos mais longos.

“Depois da notícia de que o presidente Trump decidiu pausar a ideia de tarifas sobre o México por 30 dias, o dólar passou a se enfraquecer contra o real, com uma queda significativa. Esse movimento ajudou muito toda a curva futura de juros aqui no Brasil”, comentou durante a tarde Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital.

Além disso, pela manhã o relatório Focus do BC mostrou que a mediana das projeções para a Selic no fim de 2025 está em 15,00% e para o final de 2026 está em 12,50%. A inflação projetada para o fim destes anos está em 5,51% e 4,28% respectivamente, em ambos os casos acima do centro da meta contínua perseguida pelo BC, de 3%.

Hoje, as atenções de investidores se dividem entre a ata do Copom, que deve trazer mais detalhes sobre a decisão de política monetária; o relatório JOLTS, que informará sobre mercado de trabalho nos EUA; e a as primeiras divulgações da temporada de resultados no Brasil.

Lá fora, a Alphabet, controladora do Google, divulgará seus resultados após fechamento do mercado.

O que vai mexer com o mercado nesta terça

Agenda

Pela manhã, o presidente Lula se reúne, às 9h, com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. Às 9h30, recebe o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em seguida, às 10h30, tem encontro com o presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (SESI), Fausto Augusto Junior. À tarde, às 15h, Lula se reúne com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban. Às 18h, Lula participa da cerimônia de abertura do Encontro do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

À tarde, às 15h, Haddad reúne-se com o ministro do Esporte, André Fufuca. Encerrando a agenda do dia, às 17h30, tem encontro com Carlos Vieira, presidente da Caixa.

A diretoria do Banco Central está em período de silêncio até a divulgação da Ata da última reunião do Copom, que acontece hoje.

Já os membros do Federal Reserve (Fed), Raphael Bostic, Mary Daly e Philip Jefferson, devem discursar ainda hoje.

Brasil

  • 8h – Ata do Copom
  • 09h – Preços ao produtor de dezembro
  • 15h30 – Dívida de dezembro

EUA

  • 12h – JOLTS – estoque de vagas em aberto
  • 12h – Encomendas à indústria

Internacional

Tarifas suspensas

O presidente Donald Trump concordou em suspender a implementação de tarifas sobre importações do Canadá por pelo menos 30 dias. O primeiro-ministro canadense Justin Trudeau fez o anúncio no X. Logo em seguida, Trump confirmou a medida em sua rede social.

A suspensão acontece horas depois que Trump e a presidente mexicana anunciaram que os EUA suspenderiam por um mês as tarifas planejadas sobre importações do México.

Economia

Dívida Pública

O Tesouro Nacional divulga nesta terça o Relatório Mensal da Dívida (RMD) de dezembro de 2024, o Relatório Anual da Dívida (RAD) de 2024 e o Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2025. Os materiais serão publicados às 15h30 nos grupos Comunidade MF e Setoristas.

A entrevista coletiva começará às 16h, no auditório do Ministério da Fazenda (Bloco P), e será comandada pelo secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.

Avanço da pauta fiscal

O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), garantiu nesta segunda-feira que o Parlamento irá avançar na agenda fiscal e voltou a bater na tecla da necessidade de respeito entre os Poderes, em recado ao Judiciário.

“O brasileiro quer crescer, quer empreender, quer viver com dignidade. E nós temos que ser o instrumento para que isso aconteça. Vamos avançar na agenda fiscal, na geração de emprego e renda e no combate às desigualdades”, disse o senador em cerimônia de abertura do ano legislativo.

“É essencial que cada Poder respeite suas funções e limites. O Congresso tem sua autonomia e suas prerrogativas”, afirmou Alcolumbre na sessão, na presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.

Inflação mais alta

Analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver uma inflação ligeiramente mais alta ao fim deste ano e do próximo, mantendo suas projeções para Selic, Produto Interno Bruto (PIB) e cotação do dólar em ambos os períodos, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o IPCA agora é de alta de 5,51% ao fim deste ano, de 5,50% na pesquisa anterior, no que foi a 16ª semana consecutiva de aumento na previsão. Para 2026, a projeção para a inflação brasileira é de 4,28%, de 4,22% anteriormente.

Leilão do BC

O Banco Central anunciou um leilão de até 15 mil contratos de swap cambial, o equivalente a US$ 750 milhões, nesta terça-feira 4, de 11h30 a 11h40. A oferta será dividida em dois vencimentos de 2 de junho e 1º de dezembro. O objetivo é continuar a rolagem dos contratos vincendos em 5 de março.

Política

Mensagem de Lula ao Congresso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em mensagem presidencial encaminhada ao Congresso Nacional nesta segunda-feira, que o governo não irá se afastar do compromisso de “robustez fiscal” e estimou que a inflação cederá neste ano e no próximo.

“Em 2025, a redução da inflação deverá continuar, amparada pelo desempenho mais positivo esperado para a safra de grãos, as tarifas de energia elétrica e os combustíveis”, diz mensagem presidencial lida nesta segunda-feira em cerimônia de abertura dos trabalhos do Legislativo.

Alcolumbre

O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), defendeu que as determinações do Supremo Tribunal Federal (STF) sejam acatadas, mas não quer “cerceamento” ao parlamento quanto à destinação de recursos do Orçamento da União.

Prioridades

Orçamento, atualização da tabela do imposto de renda, segurança pública e o novo Plano Nacional de Educação (PNE) devem dominar os debates e as votações nas comissões e no Plenário do Senado em 2025. O aumento da inflação, o preço dos alimentos, o poder de compra da população e a insegurança nos municípios estão entre as maiores desafios do país, de acordo com senadores que estiveram na sessão solene do Congresso Nacional As informações são da Agência Senado.

Eleições presidenciais de 2026

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse nesta segunda-feira (3) que a Justiça Eleitoral já começou os preparativos para as eleições presidenciais de 2026. As declarações da ministra foram feitas durante a sessão solene de abertura dos trabalhos da Justiça Eleitoral em 2025.

(com Reuters, Estadão e Agência Brasil)

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