As ações mais recomendadas para fevereiro: Weg e outras exportadoras dominam a lista

A Bolsa brasileira teve um mês positivo em janeiro, com entrada de estrangeiros, institucionais e pessoas físicas após um dezembro conturbado. O Ibovespa acumulou alta de 4,8% no mês passado, mas os bancos e corretoras ainda não mostram otimismo. “Dado o cenário macro, especialmente as perspectivas domésticas, que se deterioraram nos últimos meses, continuamos com posicionamento cauteloso nas nossas carteiras recomendadas”, diz a XP, em relatório. 

A cautela pode ser vista nos papéis mais indicados para fevereiro pela XP e outras casas, que recomendaram, principalmente, Itaú (ITUB4) e Petrobras (PETR4). Todo mês, o InfoMoney compila as indicações das principais corretoras locais e mostra as cinco ações mais citadas – a lista pode ser maior em caso de empate. 

Uma das novidades da carteira de fevereiro é a ação da Eletrobras (ELET3), que está entre as teses de investimento “mais atraentes da América Latina, dado o potencial que a empresa pode capturar”, segundo a Ágora Investimentos. 

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Com o real ainda desvalorizado, o ranking ganha três exportadoras: Weg (WEGE3), Suzano (SUZB3) e Vale (VALE3), que se juntam a Petrobras (PETR4) e JBS (JBSS3), já presentes na última lista. Com representantes dos setores financeiro, óleo e gás, mineração, utilidades públicas, proteínas e industrial, o ranking reflete o posicionamento defensivo dos estrategistas neste início de ano. Confira: 

Itaú (ITUB4) 

No Santander, a ação negociada na casa dos R$ 33 atualmente tem preço-alvo de R$ 41 até o fim de 2025. O banco projeta que o Itaú terá lucro líquido de R$ 45,1 bilhões neste ano e diz que “diante dos últimos resultados trimestrais e de nossa expectativa para 2025, fica claro que o Itaú se encontra num melhor momento operacional que os pares privados sob nossa cobertura”. 

Petrobras (PETR4)

A Terra Investimentos incluiu a ação na lista de fevereiro pela forte escala de produção, baixos custos de extração e margem bruta de 52% que “confere rentabilidade à operação”. Além disso, a corretora destaca a projeção de 15% de retorno com dividendos nos próximos 12 meses. “Com esses fundamentos sólidos e perspectivas favoráveis, a Petrobras segue como uma excelente oportunidade de investimento”. 

Weg (WEGE3) 

A ação da Weg é “obrigatória no atual mercado brasileiro”, segundo o BTG Pactual. O banco argumenta que a empresa vem sendo impulsionada pelo crescimento de data centers e infraestrutura de energia, assim como o momento de estabilidade das margens e câmbio favorável. Mesmo com um valuation elevado, de 30x P/L (Preço sobre Lucro), “o valor de escassez da Weg, os retornos sólidos e exposição às principais tendências, como a eletrificação, justificam seu prêmio”. 

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JBS (JBSS3)

A empresa “vem desfrutando de um momento operacional positivo diante da combinação de diversos fatores favoráveis às suas diversas unidades de negócios”, como custos de commodities reduzidos, maior equilíbrio entre oferta de proteína, suína e de aves e forte demanda mundial por carne, explica o BB Investimentos. O real desvalorizado e a aquisição do controle da produtora de ovos Mantiqueira Brasil ainda contam a favor do investimento, diz o relatório. 

Sabesp (SBSP3)

É uma das teses favoritas da Ágora Investimentos no setor de utilidades públicas por combinar “uma história sólida de crescimento e um time qualificado de gestão que deve promover melhorias de eficiência na operação”.

Vale (VALE3)

A XP adicionou as ações da mineradora à carteira de fevereiro, citando queda “excessiva” nos preços nas últimas semanas e “múltiplos de valuation descontados”. Na Terra, um dos fatores que justificam a recomendação é “demonstrar resiliência em um cenário desafiador, apresentando resultados alinhados com as expectativas do mercado, mesmo diante da desaceleração da economia chinesa”.

Suzano (SUZB3) 

A projeção da Ágora é que a geração de caixa da companhia seja equivalente a 47% do valor de mercado atual da companhia nos próximos três anos, fator que pesa a favor da tese. “Além disso, vemos a empresa se beneficiando da combinação de maiores preços e volumes de celulose e menores custos vindos do Projeto Cerrado”, diz a corretora. 

Eletrobras (ELET3)

Entre os gatilhos positivos para ação estão, segundo a Empiricus, a continuidade de melhorias operacionais após a privatização, possibilidade de resolução de conflito com a União sobre a limitação no poder de veto e recuperação dos preços no setor. 

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