Exposição dos 80 anos da Guignard entra na 2ª fase

Em 2024, a Escola Guignard celebrou seus 80 anos. Para homenagear esse legado, o Palácio das Artes apresenta, a partir do dia 5 de fevereiro, a segunda estação da exposição “Quando atitudes se tornam escola”. A proposta integra a programação do marco de 80 anos dentro do projeto desenvolvido pela Fundação Clóvis Salgado, “80 e Sempre”. Com curadoria de Júlio Martins, historiador e professor da escola, as obras ocupam as Galerias Arlinda Corrêa Lima, Genesco Murta e na Galeria Aberta Amilcar de Castro.

Momentos

A mostra traz um panorama da criação dos artistas desde 1962 até os mais recentes. As peças são exibidas em dois momentos: “Estação 1” e “Estação 2”. A curadoria de Júlio Martins propõe que o público adentre os ateliês da escola em dois períodos. Desse modo, o primeiro, quando a Guignard ocupava o local onde hoje são as galerias Arlinda Corrêa Lima e Genesco Murta. Já a segunda, no prédio projetado pelo arquiteto Gustavo Penna, no bairro Mangabeiras. Dessa forma, o visitante poderá apreciar obras de diferentes gerações como se estivesse na mesma “sala de aula”. 

O segundo momento propõe uma renovação da exposição, com um projeto curatorial diferenciado. As galerias, até então mais silenciosas, receberão uma mostra maior, com a participação de diversos artistas e professores de todas as décadas do período. O público terá contato com os núcleos de desenho, pintura, fotografia, cerâmica e arte urbana. Além disso, a proposta contará com seis seminários e oficinas com os professores e alunos da Guignard. 

Novas obras e histórias

Se no primeiro estágio o público percorreu as galerias com uma exposição mais “limpa”, neste segundo, irá se deparar com uma proposta que reúne quase cem artistas. Segundo Júlio Martins, a fase inicial visava ressaltar o espaço que a Guignard ocupou em sua gênese. “O público que visitou a primeira estação teve contato com uma exposição mais limpa, mais silenciosa, que reforçava o esvaziamento daquele espaço. Por isso a chamamos ‘Cultivar o Chão’, pela ênfase no espaço, no lugar, no chão, desse lugar que foi a escola e hoje é o Palácio”, explica Júlio.

A atual estação, intitulada “Frutos da Terra”, reúne os professores que lecionaram na Guignard entre 1970 e 1994, ano em que ocorreu a mudança da sede para o Mangabeiras. Além disso, inclui obras de alunos e artistas que passaram pela instituição entre os anos 70 até 2024. O curador explica que essa divisão foi uma forma de trazer o máximo de histórias e obras que ajudassem a contar a trajetória de um espaço tão longevo. “O recorte temporal, que é de 1962 até 2024, é muito abrangente e o nosso desejo era contar uma história que contemplasse o lugar e uma diversidade grande de artistas. Por isso, dividimos em dois momentos, para trazer a quantidade de histórias, de obras e artistas que queríamos”, argumenta Martins.

O clássico e o contemporâneo

A segunda estação também traz uma diversidade maior de linguagens. Assim, um grupo de estudantes da Guignard realizará intervenções urbanas em uma das fachadas das galerias. Os artistas atuam em modalidades de arte urbana como pichação, grafite, lambes, etc. O trabalho terá como temática a história da Escola Guignard e da arte urbana em BH, além de expressar um pouco das poéticas autorais dos realizadores. Essa linguagem também estará presente nos seminários que acontecerão nesse novo período.

Serviço

Exposição “Quando atitudes se tornam escola”

Quando. De 5 de fevereiro de 2025 a 23 de março de 2025. Visitação: terça a sábado, de 9h30 às 21h, e domingo, de 17h às 21h. 

Onde. Galerias Arlinda Corrêa Lima, Genesco Murta e Galeria Aberta Amilcar de Castro do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1537, Centro)

Quanto. Entrada franca

Classificação indicativa: Livre

Informações para o público: (31) 3236-7307 / www.fcs.mg.gov.br

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