‘Dama do crime’ gerenciava distribuição de drogas e controlava pagamentos do crime em Tocantins

Apontada como sendo um elo entre os traficantes do estado de Tocantins e o Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo, Lúcia Gabriela Rodrigues Bandeira, também chamada de ‘Dama do Crime’ por seus companheiros, tinha mais responsabilidades na organização criminosa do estado do que se pensava.

A traficante foi presa no ano passado com mais de R$ 300 mil em drogas, mas obteve o direito na Justiça de responder em liberdade por ter uma filha de 4 anos e ser a única responsável, mas voltou a ser presa em dezembro, desta vez acusada de gerenciar toda a distribuição de drogas da quadrilha no estado e também controlar os pagamentos.

O grampo da polícia em celulares de investigados mostrou que a quadrilha operava como uma empresa, com setores como gerência, transporte, financeiro e comercial. Lúcia, cujos codinomes eram “Dama” e “Larissa” seria a responsável pelo financeiro e pela gerência.

Nos celulares investigados, havia grupos especializados, como os “Lojistas de Tocantins”, onde ela cobrava das ‘lojas associadas’ os relatórios diários de vendas e marcava até auditorias em lojas cujos números não correspondessem ao volume de drogas entregue. Esses lojistas funcionavam como um consórcio de traficantes que comprava droga diretamente do PCC, em grande quantidade, para diminuir os custos e o risco.

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A Dama do tráfico também seria responsável por organizar toda a logística de entrega de drogas, organizar ataques e até mesmo eliminar membros de grupos rivais que estivessem atrapalhando a organização.

A investigação levantou que esse grupo movimentou mais de R$ 20 milhões nos últimos dois anos. Nesta semana, a Polícia Federal realizou uma operação e prendeu quinze pessoas, dez em cidades do Tocantins e cinco entre Praia Grande e Barueri, em São Paulo, além de bloquear 20 contas bancárias usadas pelos traficantes para fazer pagamentos e lavar dinheiro.

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