Crítica | ‘Flow’ impacta no realismo e na delicadeza de uma forma ousada e tocante

Longe de ser uma revolução na animação, Gints Zilbalodis aposta no essencial em ‘Flow’ e, com isso, cria uma conexão genuína com o espectador. Essa abordagem minimalista ajudou a obra a conquistar mais de 50 prêmios e garantir indicações em duas categorias do Oscar 2025: Melhor Animação e Melhor Filme Internacional.

Diferente de outras produções que antropomorfizam animais para transmitir mensagens sobre humanidade, ‘Flow’ segue um caminho distinto, retratando o mundo animal de forma instintiva e fluida.

Na animação, acompanhamos a jornada de um gato cinzento que, após seu lar ser tomado por uma inundação, encontra refúgio em um barco habitado por diversas espécies. Para sobreviver, ele precisa se adaptar às diferenças e estabelecer uma convivência harmoniosa.

Sem diálogos e com uma narrativa introspectiva, o filme encanta ao explorar o ciclo natural da vida com delicadeza e profundidade. Ao abdicar de uma perspectiva humana, Flow transmite emoção de maneira pura, destacando-se pela fragilidade e melancolia impressas na fotografia.

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A surpresa positiva da temporada já deixou sua marca na indústria. Além das indicações ao Oscar, Flow venceu o Globo de Ouro de Melhor Animação e concorre ao César (o Oscar francês). Também recebeu duas indicações ao BAFTA (Melhor Filme de Animação e Melhor Filme Infantil) e uma ao Sindicato dos Produtores da América como Melhor Animação do Ano.

Assista ao trailer:

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