Gleisi alerta sobre a PEC do semipresidencialismo: ‘Desejo de governar sem precisar ganhar no voto’

Gleisi Hoffmann: presidente nacional do PT criticou a proposta de semipresidencialismo em debate na Câmara – Foto: Reprodução

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a proposta de semipresidencialismo que voltou a circular na Câmara dos Deputados. Ela destacou que o povo brasileiro já rejeitou o parlamentarismo em dois plebiscitos, em 1963 e 1993. Para Hoffmann, mesmo sob a forma de “semipresidencialismo”, a iniciativa busca retirar da maioria da população o direito de eleger um presidente com poderes efetivos para governar.

“O povo brasileiro já rejeitou o parlamentarismo em dois plebiscitos (1963 e 1993). Mesmo disfarçada de ‘semipresidencialismo’, a proposta que voltou a circular na Câmara visa a tirar da maioria da população o direito de eleger um presidente com poderes de fato para governar”, escreveu Gleisi em seu perfil no X na manhã deste domingo (9).

“Quem tem um ‘semipresidente’ não tem presidente nenhum. É muito medo da soberania do povo ou muita vontade de governar o país sem ter de ganhar no voto”.

A proposta de emenda à Constituição (PEC) 2/2025, apresentada pelo deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) e outros parlamentares, visa implementar o semipresidencialismo no Brasil a partir de 2030.

Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) – Foto: reprodução

Nesse sistema, o presidente da República, eleito por voto direto, compartilha o poder com um primeiro-ministro indicado por ele após consulta aos partidos com maior representatividade na Câmara dos Deputados. O primeiro-ministro seria responsável por conduzir o governo e formular o programa governamental.

Críticos argumentam que a adoção do semipresidencialismo poderia enfraquecer a soberania popular, transferindo parte significativa do poder executivo para um primeiro-ministro escolhido pelo Congresso.

A PEC 2/2025 está em tramitação na Câmara dos Deputados e será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de seguir para votação no plenário. A oposição ao projeto, liderada por Hoffmann e outros parlamentares, busca barrar a proposta ainda nas comissões, argumentando que o modelo representa um retrocesso na democracia brasileira.

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