Crítica | ‘Capitão América: Admirável Mundo Novo’ não admira, apesar das boas atuações

Desde que Sam Wilson (Anthony Mackie) recebeu o escudo de Steve Rogers (Chris Evans), a expectativa era de um novo capítulo empolgante para o Capitão América. No entanto, “Capitão América: Admirável Mundo Novo” falha em entregar uma narrativa envolvente, prejudicada por um roteiro previsível e problemas de montagem.

A trama acompanha Wilson equilibrando sua nova responsabilidade como herói e seus serviços à Casa Branca. Quando seu caminho se cruza com o do presidente dos EUA, Thaddeus Ross (Harrison Ford), ele se vê no centro de uma crise internacional.

Para enfrentar a ameaça, conta com a ajuda de Joaquin Torres (Danny Ramirez), que assume o manto de Falcão. Apesar da química entre os dois personagens, o desenvolvimento superficial impede uma conexão mais forte com o público.

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A produção também sofre com cortes nada sutis, evidenciando as polêmicas refilmagens após recepções negativas em exibições-teste. A fotografia escura, combinada com um ritmo frenético que raramente empolga, enfraquece as sequências de ação.

Ainda assim, Harrison Ford se destaca como Thaddeus Ross, entregando uma atuação admirável e carismática. Mackie, por sua vez, convence como um Capitão América digno. Mas, apesar do esforço dos atores, o filme carece de identidade própria e carisma, tornando-se facilmente esquecível.

A adição dos vilões Samuel Sterns (Tim Blake Nelson) e Seth Voelker (Giancarlo Esposito) assusta pelo contraste de um potencial de desenvolvimento interessante com uma dinâmica rasa e decepcionante, implicado pelo roteiro.

Se há um mérito, é a moderação nas conexões com o universo expandido da Marvel, mantendo a história relativamente coesa. No entanto, essa decisão não basta para compensar um filme que, no fim das contas, não admira nem empolga.

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