TIM (TIMS3) sobe 20% em 2025 com combo de boas notícias: alta seguirá?

Usuário usando o Google Maps no celular (Foto de Ingo Joseph/Pexels)

Os últimos dias foram animados para a TIM (TIMS3), com resultados considerados positivos, anúncio de guidance de dividendos para 2025 e recompra de ações. Os papéis TIMS3, com isso, avançam 20% no acumulado do início deste ano. Contudo, ainda há espaço para TIMS3 subir na Bolsa?

O JPMorgan reiterou recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para a TIMS3 e reafirmou sua preferência pela companhia em relação à Vivo (VIVT3), esta última com recomendação neutra no mercado de telecomunicações.

A equipe de research do banco também elevou preço-alvo para ação da TIM de R$ 19 para R$ 21, depois de atualizar estimativas com base nos resultados do 4T24 e do guidance para 2025 e 2027.

O banco americano destaca que a TIM deve apresentar crescimento do OpFCF (fluxo de caixa livre operacional) superior ao da Vivo, com uma taxa de crescimento anual compostas (CAGR) de 10,0% em 2025 e 2028 contra 6,6% da concorrente, enquanto negocia a múltiplos menores, com Valor da Firma (EV)/OpFCF de 6,9 vezes frente a 8,9 vezes da Vivo.

Além disso, analistas esperam que a geração de caixa seja direcionada aos investidores, com o guidance de dividendos apontando para um dividend yield (dividendo sobre o valor da ação) de 10% em 2025 e uma média de 11,3% entre 2025 e 2027.

A TIM anunciou a distribuição de R$ 4 bilhões em dividendos, o que implica um dividend yield de 10%, contra 8% da Vivo).

O Goldman Sachs, por sua vez, reiterou recomendação neutra para TIM, com preço-alvo de R$ 16,50.

A TIM Brasil anunciou na quarta-feira (12) um programa de recompra de ações de até R$1 bilhão, equivalente a cerca de 2,78% do total de ações, com prazo até 13 de agosto de 2026.

O Goldman Sachs avalia que combinado com o guidance de dividendos anunciado anteriormente nesta semana, isso pode representar um yield de aproximadamente 11%, assumindo compras distribuídas ao longo do programa e aquisições até o final de 2025.

A equipe de análise do Goldman vê essa decisão como positiva, pois demonstra forte geração de caixa da companhia. Diferentemente dos planos anteriores, que eram pequenos e voltados para compensação de funcionários via ações, este aumento no payout está alinhado à estratégia da Tim de capitalizar investimentos feitos entre 2013 e 2017 e consolidar sua posição no mercado após a redução de quatro para três players no setor, o que fortaleceu sua geração de caixa e capacidade de distribuir dividendos.

Apesar da recente valorização das ações, os analistas acreditam que o alto yield (rendimento), combinado com baixa alavancagem e perspectiva sólida de geração de caixa livre, reduz riscos de queda, mesmo em um cenário macroeconômico incerto. No entanto, o Goldman reitera que os resultados do 4T24 e o guidance de 2025 trazem pontos negativos, devido a uma desaceleração mais forte do que o esperado na receita de serviços móveis (excluindo receitas voláteis de plataformas de clientes) e um guidance de receita de curto prazo um pouco abaixo da inflação projetada.

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