JBS (JBSS3): resultado de subsidiária nos EUA não anima e ação cai

Os resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24) da Pilgrim’s Pride Corporation (PPC) – subsidiária indireta da JBS (JBSS3) – divulgados na quarta-feira (12) à noite voltaram a ficar abaixo das expectativas do consenso de mercado, ainda que acima de algumas casas de análise. Às 12h58 (horário de Brasília) desta quinta-feira (13), os ativos JBSS3 caíam 2,46%, a R$ 32,18.

A PPC registrou uma receita de US$ 4,372 bilhões no 4T24, uma queda de 3,5% em relação aos US$ 4,528 bilhões do mesmo período do ano anterior (4T23). O valor ficou abaixo da estimativa do JPMorgan de US$ 4,755 bilhões e do consenso de US$ 4,654 bilhões.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de US$ 526 milhões, um crescimento de 69,9% frente aos US$ 309,5 milhões no 4T23, superando levemente o consenso de US$ 519 milhões, mas abaixo da estimativa do JPMorgan de US$ 571 milhões. A margem Ebitda ficou em 12,0%, uma melhora significativa em relação aos 6,8% do 4T23, atingindo a estimativa do banco americano e superando o consenso de 11,1%.

O lucro por ação ajustado (EPS), por sua vez, foi de US$ 1,35 no 4T24, acima do consenso de US$ 1,163.

Segundo o JPMorgan, a receita abaixo do esperado pode ser parcialmente explicada por um efeito de calendário, já que o 4T23 teve 14 semanas, enquanto o 4T24 seguiu o trimestre típico de 13 semanas. “Essa semana extra no 4T23 teria proporcionado mais tempo para vendas e geração de receita, potencialmente inflando os números daquele período”, avalia JPMorgan.

No geral, o JPMorgan avalia que o resultado do PPC representa um pequeno risco de queda para a a estimativa de Ebitda da JBS no 4T24, de R$ 9,8 bilhões.

Por outro lado, a receita e o Ebitda ajustado do PPC ficaram acima das projeções da XP Investimentos.

Segundo a XP, os números traduziram-se em uma queda de margem, principalmente devido à sazonalidade mais fraca nos EUA, mas também refletindo uma queda de margem na Europa – uma comparação difícil após a unidade de negócios ter reportado seu maior EBITDA ajustado trimestral.

Por outro lado, a margem Ebitda ajustada do México aumentou para 11,8%, à medida que a empresa destacou a força contínua nos mercados de commodities e o aumento da distribuição com clientes chave em varejo e serviços de alimentação.

A XP, ao incorporar os resultados da PPC, elevou a estimativa de Ebitda ajustado em 1,6% para R$ 10,3 bilhões e a estimativa de FCFE (rendimento de fluxo de caixa) em 0,6% para R$ 9,7 bilhões.

No geral, o Itaú BBA avalia que o desempenho da PPC no trimestre reforça a estimativa de R$ 9,7 bilhões para o Ebitda da JBS no 4T24, sem revisão prevista.

Olhando para o futuro, os investidores podem começar a questionar a potencial falta de fontes para revisões positivas de lucros em termos de dólares, que dificilmente virão da PPC. O BBA ainda favorece a JBS como a principal escolha devido à sua plataforma diversificada, avaliação atraente e exposição cambial em meio a um ambiente macroeconômico incerto no Brasil.

O Itaú BBA manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 51.

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