VÍDEO: Do hospital, Ives Gandra espalha teorias conspiratórias e defende golpistas

Ives Gandra Martins grava vídeo do hospital para defender Jair Bolsonaro e minimizar a denúncia da PGR – Foto: Reprodução

Ives Gandra Martins volta a se prestar ao papel de escudeiro jurídico de Jair Bolsonaro, agora na tentativa de descredibilizar a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente e seus aliados golpistas.

Do leito do hospital, o “jurista do golpe” soltou um vídeo recheado de sofismas e distorções, na esperança de minimizar a gravidade dos fatos que levaram à ofensiva jurídica contra Bolsonaro e sua trupe.

Ele tenta vender a ideia de que a denúncia da PGR surgiu por uma “coincidência” com a queda na popularidade de Lula, como se os crimes investigados fossem mera distração política. É um discurso cínico, típico de quem sempre tratou o Direito como instrumento de conveniência para proteger seus aliados. O mesmo Ives Gandra que relativiza a tentativa de golpe é o que defendeu todas as aventuras autoritárias de Bolsonaro, como a tese absurda de que o presidente poderia intervir no STF com base no artigo 142 da Constituição.

Não satisfeito, o jurista ainda força um paralelo entre o tratamento dado a delações premiadas na Lava Jato e as que baseiam a denúncia contra Bolsonaro. O problema é que, ao contrário da Lava Jato, quando delações foram usadas sem lastro probatório para conduzir prisões e desmoralizar adversários políticos, a denúncia contra Bolsonaro se baseia em um conjunto robusto de evidências, incluindo mensagens, reuniões documentadas e movimentações concretas de militares e políticos que tramaram contra a democracia.

A cereja do bolo é a tentativa de transformar a Procuradoria-Geral da República em um órgão politizado, apenas porque a denúncia não agrada ao seu espectro ideológico. No passado, Gandra jamais contestou investigações e acusações contra políticos de esquerda, mesmo quando elas se baseavam em fundamentos bem mais frágeis. Agora, quando a corda aperta para o seu lado, ele recorre a um discurso de perseguição que ecoa o vitimismo bolsonarista.

Ives Gandra construiu uma carreira empilhando títulos e livros, mas, nos últimos anos, dedicou-se mais a servir como advogado informal do bolsonarismo do que a qualquer compromisso sério com a Constituição. O vídeo que publicou não é uma defesa jurídica – é uma peça de propaganda política, destinada a reforçar a narrativa de que a tentativa de golpe foi apenas um “mal-entendido” inflado por interesses políticos. No fim, sua retórica não muda os fatos: Bolsonaro e seus aliados tentaram, sim, subverter a democracia. E Ives Gandra segue cumprindo seu papel de jurista de conveniência, defendendo o indefensável.

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