Ainda dá tempo de patrocinar um bloco de rua no carnaval do Rio; veja como funciona

Rio de Janeiro (RJ), 05/01/2025 – Blocos de carnaval não oficiais desfilam pelas ruas do centro do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Desde que foi publicada no início deste mês pela Prefeitura do Rio de Janeiro, a portaria 314 redefiniu as regras de patrocínio para os blocos de carnaval de rua. A novidade representa um avanço para a organização dos bloquinhos, garantindo maior liberdade para a captação de recursos e investimentos na infraestrutura necessária para os desfiles. 

Com a medida, os bloquinhos de rua cariocas poderão ser apoiados por marcas que não necessariamente estão na lista de patrocinadores oficiais do evento na cidade. Neste ano, estão grandes nomes como Ambev, Mercado Pago, iFood, 99 e O Boticário. 

Um exemplo prático da nova portaria é a Super Bonder, que estreia no evento com ações em três blocos cariocas: Laranjada, A Rocha da Gávea e Vagalume. Com a campanha “Cole do seu jeito”, a fabricante de supercola quer ajudar a personalizar as fantasias dos foliões.

Rodrigo Rezende, presidente da Liga Carnavalesca Amigos do Zé Pereira, diz que a portaria é encarada como uma vitória para os fazedores do carnaval de rua do Rio. “Agora teremos liberdade para trazer outras marcas que queiram patrocinar blocos específicos, afinal o Rio é uma grande vitrine para todo o Brasil.”

Além disso, o documento ainda traz clareza sobre o que pode e o que não pode em relação tanto aos patrocinadores dos blocos quanto aos oficiais. Na área do cortejo, por exemplo, será possível realizar ações promocionais, sendo que, em anos anteriores, as empresas eram multadas ao entregar brindes aos foliões.

A novidade promete movimentar ainda mais a economia da Cidade Maravilhosa. Para se ter uma ideia, somente em fevereiro de 2024, o Rio arrecadou R$ 500 milhões em impostos e gerou 50 mil empregos diretos.

Economia circular no carnaval carioca

No ano passado, a Liga Carnavalesca Amigos do Zé Pereira realizou um projeto piloto com a medição de gás carbônico gerado durante a passagem dos blocos, além de coleta de resíduos orgânicos e o plantio de árvores nativas para compensação de carbono. Neste ano, a promessa é transformar o bloquinho de rua em um evento mais responsável e consciente.

Em 2025, essas ações serão estendidas a todos os blocos da Liga, por meio da parceria com a Zello Ambiente, utilizando a metodologia de cálculo GHG Global pelo protocolo brasileiro da Fundação Getulio Vargas (FGV). Serão considerados fatores como deslocamento, montagem e desmontagem de cada bloco, geração de energia dos carros de som, consumo de combustível e a quantidade de lixo produzido, em parceria com a Comlurb. 

Outra novidade é a testagem da substituição dos geradores a diesel por baterias dos palcos dos blocos Toca Rauuul! e Último Gole, visando a redução das emissões de poluentes. Se a experiência for bem-sucedida, a Liga planeja expandir a iniciativa para outros blocos e seus equipamentos sonoros, promovendo uma transição para fontes de energia mais limpas. 

Além disso, haverá a coleta de resíduos ao longo dos percursos dos blocos. Utilizando triciclos elétricos, agentes ambientais da Ciclo Orgânico recolherão resíduos orgânicos enquanto conscientizam os foliões sobre a importância da compostagem. O material coletado será destinado à compostagem, e o adubo resultante será utilizado no plantio de árvores nativas após o carnaval. 

Folia sustentável

Caso o folião queira se juntar à economia circular, a campanha “Plantando Carnaval”, também é possível calcular a própria compensação das suas emissões de carbono e contribuir para a preservação da Mata Atlântica. 

Para participar, basta acessar este link, informar a zona da cidade onde está e o meio de transporte utilizado para chegar a um dos nove blocos da Liga. O sistema calculará a emissão de carbono e oferecerá a opção de doação para o plantio de mudas nativas, ao custo mínimo de R$ 15 cada.

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