Petrobras: Não há razão para desanimar com projeções de dividendo, diz analista da XP

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O mercado ainda tenta destrinchar o resultado do quatro trimestre de 2024 (4T24) da Petrobras (PETR3;PETR4), que teve um prejuízo líquido no período de US$ 2,8 bilhões, ou R$ 17 bilhões.

Para Regis Cardoso, analista de óleo e gás da XP, a inquietação de investidores se deve principalmente ao pagamento de dividendos. No entanto, ele não vê motivo para tanta apreensão com os proventos.

Cardoso participou nesta quinta (27) do programa Morning Call da XP. “O resultado, na linha do Ebitda, veio 5% abaixo do que nós esperávamos, que é uma decepção, mas não muito grande”, disse.

Expectativa

“Mas o tema mais controverso de fato foi o pagamento de dividendo, de US$ 1,6 bilhão. É menor do que a expectativa do mercado e a nossa também, que estava entre US$ 2,5 e US$ 3 bilhões de distribuições ordinárias”, complementou.

O analista explicou que o principal motivo para esse dividendo menor foi um investimento mais alto no período. “O mercado se preocupou se esse investimento seria de alguma forma recorrente”, ressaltou.

“Com isso, será que eu deveria então projetar investimentos maiores nos anos futuros e dividendos menores”, questiona o analista. Ele próprio responde: “Ao nosso ver não”.

O motivo do investimento maior no 4T24 foi uma antecipação de pagamentos que a Petrobras fez, para fechar um descasamento que existia entre o avanço físico de obras e o desembolso financeiro, explicou o analista.

Campo de Búzios

“O avanço físico estava além dos desembolsos financeiros num tipo de projeto específico, que são as plataformas do Campo de Búzios. O Campo de Búzios é o melhor campo de pré-sal da Petrobras”, destacou.

O Campo de Búzios fica localizada na Bacia de Santos. Na segunda (24), a Petrobras informou que o campo bateu recorde de produção, com 800 mil barris de óleo produzidos diariamente. Ele é o segundo campo em volume de produção no país, atrás apenas do Campo de Tupi (também na Bacia de Santos), e o maior em reservas.

“É um investimento gerador de valor, que tem retornos altos, que faz sentido antecipar”, afirmou Regis Cardoso.

Segundo ainda o analista, há possibilidade de a Petrobras revisar para baixo o capex de 2025. “Ele pode ser menor agora dado que houve esse adiantamento (no final de 2024) e o investimento anunciado para 2025 de US$ 8,5 bilhões foi concebido com um câmbio que na época era de cerca de R$ 5 o dólar”, comentou.

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