“Quando ele saiu de Hollywood, estava acabado para sempre”, diz filha de Gene Hackman

Encontrado morto ao lado de sua esposa e seu cachorro nesta quarta (26), o ator Gene Hackman se afastou do cinema em 2004 e vivia recluso no Novo México, nos Estados Unidos desde então. Sua morte é investigada pela polícia local.

Elizabeth Jean Hackman, filha do ator, afirmou ao site americano TMZ que o pai “estava acabado para sempre” quando deixou Hollywood. Naquele ano, o artista afirmou, em entrevista, que não tinha projetos filmados e acreditava que sua carreira havia acabado.

À época, ele reclamava da fama e da falta de privacidade por conta da carreira no cinema. O ator decidiu parar a carreira após problemas cardíacos e recomendações de um médico, que pediu para ele evitar “enfrentar qualquer estresse”.

Seu último papel foi como Monroe Cole em “Bem-vindo a Mooseport” (2004) e o anúncio oficial da aposentadoria só ocorreu quatro anos depois, em 2008. Desde que se afastou das telas, Hackman vinha passando seu tempo livre pintando quadros, segundo a filha.

O ator deu sua última entrevista em 2021, após uma década sem conversas com a imprensa, no aniversário de 50 anos do filme “Operação França”, que lhe rendeu o prêmio do Oscar na categoria de Melhor Ator.

Na ocasião, em conversa com o jornal americano The Post, ele disse que fazer filmes “sempre foi arriscado, tanto física quanto emocionalmente”. Hackman disse que não gostava de rever seus próprios filmes e que só assistiu “Operação França” na primeira exibição.

Hackman foi encontrado morto em sua casa ao lado da esposa, a pianista Betsy Arakawa, e de seu cachorro. Elizabeth afirmou que a família suspeita que o casal tenha sido vítima de envenenamento por monóxido de carbono, mas que ninguém tem certeza.

A polícia afirmou que ainda não foram encontrados indícios de crime, mas que nenhuma hipótese é descartada. Adan Mendoza, xerife do condado de Santa Fé, diz que investigadores avaliam as hipóteses de duplo homicídio, suicídio, morte acidental ou causas naturais.

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