Eduardo Bolsonaro ataca Walter Salles por “ditadura inexistente” do filme: “psicopata cínico”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Adriano Machado/Reuters

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) atacou Walter Salles, diretor do filme “Ainda Estou Aqui”, e afirmou que a obra retrata uma “ditadura inexistente”. O parlamentar compartilhou um vídeo em que ele critica a “fragilização crescente da democracia” nos Estados Unidos e chamou o artista de “psicopata” e “cínico”.

O filme trata da história de Eunice Paiva, mulher de Rubens Paiva, ex-deputado torturado e assassinado por durante o regime militar. O parlamentar passa pano para os criminosos do período e ironiza a fala do diretor sobre os EUA, dizendo que o país tem o “sagrado direito da liberdade de expressão”.

“Acredito que o sujeito que bate palmas para prisão de mães de família, idosos e trabalhadores inocentes, enquanto faz filme de uma ditadura inexistente e reclama do governo americano que lhe dá todos os direitos e garantias para que suas reclamações públicas e mentirosas sejam respeitadas pelo sagrado direito da liberdade de expressão, define em essência o conceito do psicopata cínico”, escreveu o deputado no X (ex-Twitter).

Ele ainda diz que o diretor apoia o “regime instaurado por Alexandre de Moraes”, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). “Se qualquer brasileiro fizer essa mesma crítica ao regime instaurado pelo Alexandre de Moraes, que Walter Salles aplaude e legitima, estaria com certeza na cadeia ‘gozando de todos o esplendor da democracia da esquerda’. Deve ser realmente muito difícil viver na ditadura americana”, completou.

A declaração de Walter Salles foi dada durante coletiva de imprensa nos Estados Unidos nesta segunda (3). Ele diz que americanos se identificaram com seu filme por ver aspectos semelhantes do governo Trump com a ditadura militar no Brasil.

“E eu diria que não é só aqui, porque, de uma certa forma, ele ecoa o perigo autoritário que hoje graça no mundo como um todo. A gente está vivendo um momento de extrema crueldade, da prática da crueldade como forma de exercício do poder. A gente está no meio disso, e é profundamente inquietante”, disse o diretor.

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