Defesa de mulher presa após confusão em camarote afirma que caso foi “armado” para esconder a violência dos guardas

A defesa de Danielle Buenaga de Azevedo (45), presa sob suspeita de morder e atacar pessoas em um camarote no Setor 5 da Sapucaí, durante os desfiles da terça-feira (4), apresentou uma nova versão sobre o caso. Conforme os advogados da mulher, ela não mordeu os frequentadores do espaço e foi vítima da “criação de um factoide” para justificar uma abordagem violenta dos guardas municipais.

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A versão apresentada pela defesa de Danielle contradiz a declaração da Guarda Municipal, segundo a qual a mulher foi detida com sinais de embriaguez após morder pessoas dentro do camarote. Segundo os guardas, ela estava “agressiva e embriagada” no momento da abordagem e teria tentado morder um dos agentes na mão e na barriga.

No entanto, a defesa alega que a situação foi “montada” como forma de justificar uma abordagem violenta por parte dos agentes que atuaram na prisão de Danielle.

O que diz a versão da defesa

Segundo Carlos André Franco Viana, advogado de Danielle, a confusão aconteceu quando um erro no sistema de bilhetagem impediu que ela retornasse ao camarote. A falha no reconhecimento facial fez com que a mulher fosse barrada mesmo com a camisa oficial do local, neste momento teria ocorrido a abordagem da Guarda Municipal.

“Diante da reiterada negativa de acesso, uma equipe da guarda municipal que passa pelo local, invés de dirimir o impasse, agiu de forma arbitrária, decidindo retirá-la do local sem qualquer justo motivo, aplicando um ‘mata-leão’ além do uso indiscriminado de algemas”, afirma o advogado.

Além disso, a equipe reforça que não foram identificadas supostas vítimas das mordidas dentro do camarote. Por fim, o advogado afirma que “houve a criação de um fato para esconder ilegalidades praticadas contra uma mulher vítima de violência sem que houvesse o devido acolhimento institucional” e aponta que Danielle chegou a sofrer lesões durante a abordagem dos agentes.

Segundo a Polícia Civil, Danielle foi liberada após audiência de custódia e deve responder por lesão corporal, resistência e desacato.

O Metro World News buscou posicionamento diretamente com a Guarda Municipal do Rio de Janeiro, mas até o momento não recebeu um retorno sobre o posicionamento da instituição.

*Informações atualizadas sobre o caso publicadas pelo G1.

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