Estrangeiros: mais otimistas com Brasil, mas sem pressa para elevar posição, diz XP

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A XP Investimentos observa um sentimento geral mais construtivo em relação ao Brasil, comparado à última vez em que se reuniu com investidores estrangeiros nos EUA (outubro de 2024). Os investidores estrangeiros estão, sem dúvida, mais otimistas em relação ao Brasil do que os investidores locais, apontam em relatório os estrategistas Fernando Ferreira, Felipe Veiga, Júlia Aquino e Lucas Rosa.

Segundo a corretora, valuation (preços) atrativos, fundamentos micro sólidos e um potencial catalisador à frente em 2026 são as principais razões por trás desse otimismo.

Diante disso, muitos investidores demonstraram não ter pressa em aumentar sua exposição ao Brasil no momento, e preferem usar eventos de volatilidade futuros para a decisão do que fazer. Os fluxos de estrangeiros na Bolsa brasileira em 2025 corroboram com essa visão, com R$ 11,4 bilhões de fluxos positivos até agora.

Rotação de portfólio

Apesar da correção do mercado em fevereiro, as ações brasileiras ainda estão em alta de 9,4% em dólares no acumulado do ano, em comparação com ações globais +1,9%, Europa +16%, Hong Kong +17%, emergentes +6,3% e o S&P500 -0,6%.

Para XP, há claramente uma rotação regional acontecendo, com os EUA ficando para trás após vários anos de desempenho superior. “Esse desempenho inferior é claramente positivo para todos os ativos fora dos EUA, que têm dominado os portfólios por vários anos”, completa.

No entanto, conforme a XP, o sentimento é de que haverá volatilidade à frente, e oportunidades para aumentar a exposição ao Brasil a preços favoráveis ​​aparecerão.

Eleições

A XP destaca que o tema eleições estiveram presentes em 100% das suas reuniões, e os investidores estão claramente olhando para tal como um evento muito importante no horizonte. No entanto, a maioria concorda que ainda é cedo para começar a operar eleições 18 meses antes do evento.

De acordo com relatório, o trade de eleições geralmente começa em torno de 12 a 14 meses antes, e fica mais evidente nos 6 meses que antecedem as eleições.

Preferência dos estrangeiros

Em termos de ações, segundo o relatório, Mercado Libre (MELI34) continua a reinar como o maior consenso entre investidores na América Latina. Nubank (ROXO34) aparece em segundo lugar, mas vários investidores parecem ter reduzido posições antes ou depois dos resultados do 4T24.

Outras ações que geralmente aparecem na maioria das discussões e portfólios foram Petrobras (PETR4), Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11), XP (XPBR31), Sabesp (SBSP3) (alguns mencionaram ELET3), WEG (WEGE3), Embraer (EMBR3), Localiza (RENT3).

Além disso, a XP comenta que observou um interesse crescente em construtoras, como Cyrela (CYRE3) e Cury (CURY3).

Em termos de alocações de setores e estilos no Brasil, os investidores americanos parecem focados em ações de maior capitalização, líquidas e com um viés para qualidade e defensivas.

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