Ciro Nogueira diz que candidato de 2026 precisa defender a anistia para Bolsonaro

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) falando e olhando pra frente, sério
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) – Reprodução/Agência Senado

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou nesta quinta-feira (6) que, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não dispute a Presidência da República em 2026, o candidato que contar com o apoio dele deverá se comprometer a defender sua anistia. O ex-ministro da Casa Civil considera que a anistia seria uma forma de corrigir o que ele chama de “injustiça” contra o ex-mandatário.

Essa declaração acontece no contexto de intensas discussões sobre os possíveis candidatos da direita para as eleições de 2026. Ciro Nogueira se reuniu com Bolsonaro na terça-feira (4) para discutir os rumos da direita no pleito, publicando um vídeo nas redes sociais: “Vamos que vamos, presidente, vamos voltar”, com a legenda: “Uma visita de carnaval com olhar em 2026”.

Jair Bolsonaro segue inelegível desde junho de 2023, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que determinou sua inelegibilidade até 2030. Além disso, o ex-presidente está sendo investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. O Supremo Tribunal Federal (STF) está analisando o caso.

O encontro entre Nogueira e Bolsonaro reflete a tentativa do senador de se distanciar do governo Lula, apesar de o PP fazer parte da base aliada do atual governo. Nogueira já expressou críticas à condução do país e, em particular, à estratégia de comunicação do governo de Lula, que, segundo ele, prejudica a imagem do presidente.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Nogueira responsabilizou o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, pela exposição excessiva do petista, o que, de acordo com o senador, tem intensificado a baixa popularidade do presidente.

Recentemente, uma pesquisa Genial/Quaest, divulgada em 26 de fevereiro, mostrou que a desaprovação de Lula ultrapassou 60%. Para Nogueira, uma reformulação na comunicação do governo seria necessária, embora ele duvide que isso aconteça.

Apesar de o PP ter um representante no governo, o ministro do Esporte, André Fufuca, Nogueira sugeriu que o partido poderia romper com a base aliada do Planalto caso não ocorram mudanças significativas na administração petista.

O encontro de Nogueira com Bolsonaro também sugere que o senador está buscando se alinhar com outras forças políticas, prevendo uma possível derrota de Lula em 2026 e se posicionando estrategicamente para o futuro político.

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