Eduardo Bolsonaro dá dicas de como EUA podem “ajudar o Brasil” e retaliar autoridades

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criou um “passo a passo” para os Estados Unidos intervirem no Brasil. Em mensagem enviada a seguidores em seu canal no Telegram nesta segunda (10), ele negou estar conspirando contra o Brasil e disse querer “apenas respeito a nossa Constituição”.

Na mensagem, Eduardo traz cinco meio da retaliação que os Estados Unidos poderiam aplicar contra o Brasil ou autoridades brasileiras. A primeira sugere “cortar dinheiro” de programas e instituições que atuam na diplomacia com outros países.

Ele cita a USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), o NED (Fundo Nacional para a Democracia), o Atlantic council, think tank americano de relações internacionais, e “outras instituições que interferem em nossas eleições sob o disfarce de ‘combate à desinformação’”.

“Não interferir no livre funcionamento da democracia para favorecer a esquerda”, diz Eduardo sobre o segundo passo, sem detalhar a medida. A terceira proposta sugere que o país não deveria reconhecer a vitória de Lula nas eleições de 2022.

“Reconhecer como democráticas apenas eleições limpas e transparentes, onde seja possível uma auditoria, tal qual o PSDB pediu em 2014”, escreveu o parlamentar, sem citar a última disputa presidencial no Brasil.

O quarto passo cita a Venezuela e diz que os EUA devem “trabalhar para que haja situação e oposição nas democracias da região, e não mais seja encorajada a tática de Maduro de tornar inelegíveis seus principais opositores”.

A última dica do deputado envolve uma iniciativa que já está sendo promovida nos Estados Unidos com a “Lei anti-Moraes”. “Não permita que as Big Techs americanas censurem ninguém (respeito à 1ª Emenda americana), seja antes, durante ou após as eleições. É o cidadão quem forma sua própria opinião”, completou.

Eduardo tem feito diversas viagens ao país para promover retaliações contra Moraes. Ele foi alvo de uma denúncia do deputado federal Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, que pede uma investigação à Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes contra a soberania nacional.

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