Taxas de CDBs subiram para até 120% do CDI em fevereiro; vale a pena investir?

Mesmo com a Selic em alta, os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) pagaram uma parcela maior do CDI em fevereiro. As remunerações variaram entre 97,50% e 120% do CDI. Em março, as taxas podem ser ainda melhores para os investidores. 

Segundo levantamento feito pela Quantum Finance a pedido do InfoMoney, os CDBs pós-fixados com vencimento em três meses pagaram 99,11% do CDI entre 3 de fevereiro e 5 de março, ante taxa de 98,21% do CDI em janeiro. Em ativos de seis meses, a remuneração média avançou de 100,17% do CDI para 100,36%. 

Vanessa Leone, especialista em investimentos e sócia da The Hill Capital, explica que “as taxas subiram em fevereiro porque a economia está passando por um momento de incertezas” e as expectativas de inflação seguem subindo. Para ela, “é bem provável” que as taxas dos CDBs subam ainda mais ao longo deste mês. 

Retornos de CDBs indexados ao CDI de 3 de fevereiro a 5 de março
Prazo (meses) Taxa mínima (% CDI) Taxa média (% CDI) Taxa máxima (% CDI) Número de títulos Emissor da maior taxa
3 97,50% 99,11% 102,75% 50 Banco Volkswagen
6 97,50% 100,36% 105,00% 27 Banco Mercantil do Brasil
12 90,00% 99,93% 109,00% 87 Banco Mercantil do Brasil
24 98,00% 99,96% 120,00% 68 Banco Master de Investimento
36 99,43% 100,89% 102,50% 33 Banco C6
Fonte: Quantum Finance

Os títulos bancários de curto prazo atrelados ao CDI são os favoritos de Vanessa Leone para investimentos de curto prazo: “temos taxas muito atrativas atualmente”. 

Rafael Bellas, coordenador de produtos da InvestSmart, também espera aumento na remuneração dos CDBs em março com novo aperto monetário em foco: “esse cenário deve manter as taxas dos CDBs atrativas para os investidores que buscam retornos alinhados à taxa básica de juros”.

No entanto, o especialista pondera que “é fundamental estar atento aos riscos dos emissores, já que o ambiente de juros elevados pode pressionar a saúde financeira de algumas instituições, tornando a análise do risco de crédito um fator ainda mais relevante na escolha dos CDBs”.

Para o longo prazo, a preferência muda para os CDBs com remuneração atrelada ao IPCA, que pagam juro real entre 6,60% e 8,10%. “É uma ótima opção para quem quer se proteger contra a inflação e garantir rendimentos reais, já que temos expectativa de alta para a inflação”. Mas um alerta para considerar a volatilidade desses papéis no curto prazo, “já que seus preços podem oscilar conforme as expectativas do mercado”, diz Bellas.

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A recomendação vem mesmo com queda nas taxas médias desses papéis. Em janeiro, os títulos com vencimento em 12 meses tinham juro real médio de 7,47%. Um mês depois, ofereceram, em média, 7,21%. 

Já a taxa média para 24 meses recuou de 7,37% para 7,29%, enquanto a de 36 meses caiu de 7,59% para 7,20%. 

Retornos de CDBs indexados à inflação de 3 de fevereiro a 5 de março
Prazo (meses) Taxa média (IPCA+) Taxa máxima (IPCA+) Número de títulos Emissor da maior taxa Emissor da maior taxa
12 6,97% 7,21% 7,60% 38 Banco Daycoval
24 6,60% 7,29% 8,10% 41 Banco Pine
36 6,90% 7,20% 7,55% 25 Haitong Brasil
Fonte: Quantum Finance

Nos prefixados, apenas a taxa média dos papéis com vencimento em seis meses subiu – de 13,76% para 13,98%. Nos outros prazos houve queda, com destaque para os papéis de 24 meses, que pagaram 14,11% em fevereiro ante remuneração média de 14,92% um mês antes. 

Retornos de CDBs prefixados de 3 de fevereiro a 5 de março
Prazo (meses) Taxa mínima Taxa média Taxa máxima Número de títulos Emissor da maior taxa
6 13,61% 13,98% 14,30% 39 Banco ABC Brasil
12 14,04% 14,53% 15,73% 62 Banco BMG
24 12,00% 14,11% 15,01% 19 Haitong Brasil
36 13,84% 14,23% 14,63% 14 Haitong Brasil
Fonte: Quantum Finance

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