‘Branca de Neve’ tem pré-estreia reduzida após polêmica envolvendo Rachel Zegler e Gal Gadot, segundo Variety; entenda

A Disney fará uma estreia de Branca de Neve em Hollywood no dia 15 de março, mas sem o tradicional tapete vermelho repleto de entrevistas e cobertura extensiva da mídia, segundo informações da Variety.

De acordo com o portal norte-americano, o evento no El Capitan Theatre contará com uma pré-festa e a presença das protagonistas Rachel Zegler e Gal Gadot, mas a imprensa terá acesso limitado, com apenas uma equipe interna e alguns fotógrafos cobrindo a ocasião. A decisão ocorre em meio às polêmicas envolvendo o filme, que estreia nos cinemas em 21 de março nos EUA e 20 de março no Brasil.

Desde o anúncio da produção, Branca de Neve tem sido alvo de críticas e debates. A escolha de Rachel Zegler, uma atriz latina, para interpretar a princesa gerou reações de parte do público mais conservador. Além disso, a própria atriz inflamou a polêmica ao criticar elementos do clássico original de 1937, chamando-o de “antiquado” e destacando que sua versão da personagem não dependerá do príncipe para ser salva. “Ela está sonhando em se tornar a líder que sabe que pode ser”, afirmou Zegler durante a D23 Expo.

Outro ponto de discussão veio com os comentários de Peter Dinklage, que criticou a representação dos sete anões no filme por reforçar estereótipos negativos. A Disney respondeu afirmando que tomou uma “abordagem diferente” e consultou membros da comunidade de nanismo para garantir uma representação mais adequada. Por outro lado, o uso de CGI para representar os anões no lugar de atores levantou outro debate sobre a empregabilidade de atores com nanismo.

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Impactos políticos e ideológicos

As posições políticas de Zegler e Gadot também adicionaram tensão à divulgação do filme. Zegler manifestou apoio à causa palestina em suas redes sociais, enquanto Gadot, israelense, fez discursos defendendo Israel e condenando ataques do Hamas. Em um evento da Liga Antidifamação, Gadot declarou: “Nunca imaginei ver pessoas justificando um massacre de judeus”.

Nos EUA, Zegler também enfrentou críticas de apoiadores de Donald Trump, após ter escrito em 2020 que “os eleitores de Trump nunca deveriam conhecer a paz”. Apesar de ter se desculpado dias depois, suas declarações continuam sendo usadas contra ela por setores conservadores.

Mesmo diante das controvérsias, a Disney mantém sua estratégia de divulgação, com participações de Zegler e Gadot no Oscar e em programas como Good Morning America. A protagonista também fará eventos promocionais em Tóquio, na Espanha e na Broadway. Colocando de lado todos os aspectos técnicos voltados à produção, as polêmicas, de certa forma, amornaram o marketing da produção e, consequentemente, a recepção do público.

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