Análise: preços de café, boi gordo e milho têm movimentos consideráveis no mercado

Os mercados de commodities seguem em ritmo acelerado, com ativos testando suportes e resistências importantes. O café (ICFK25), que teve um forte rali nos últimos anos, agora enfrenta uma fase de correção no curto prazo. O boi gordo (BGIH25) consolidou-se após renovar seu topo histórico e opera dentro de uma faixa lateralizada. Já o milho (CCMH25), após três anos consecutivos de queda, mostra sinais de recuperação, sustentando uma tendência de alta no curto prazo.

O cenário atual exige atenção especial aos pontos técnicos que podem definir a continuidade dos movimentos ou possíveis reversões. A seguir, uma análise detalhada do comportamento gráfico dessas três commodities.

Confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.

Análise técnica do café (ICFK25)

O café mantém uma trajetória de valorização expressiva nos últimos anos, com um avanço de 76% em 2024. No acumulado de 2025, a alta já chega a 21,96%, sendo que, apenas em março, registra valorização de 4,41%, cotado a US$ 486,55.

No médio prazo, o movimento altista segue predominante, mas há sinais de enfraquecimento. Em fevereiro, o contrato atingiu sua máxima do ano em US$ 534,39, mas, desde então, entrou em um fluxo corretivo. Atualmente, negocia entre as médias móveis de 9 e 21 períodos, sinalizando um momento de indecisão.

No curto prazo, o ativo encontra um suporte importante em US$ 455,75, última mínima relevante. Caso essa região seja rompida, poderá confirmar um pivô de baixa, com alvos nos US$ 439,25 e US$ 420,00. Se a pressão vendedora aumentar, níveis mais baixos podem ser testados, como US$ 396,45 e US$ 368,60, com um suporte mais longo na média de 200 períodos, em US$ 344,85.

Para retomar a tendência de alta, será essencial o retorno do fluxo comprador, que levaria o ativo a superar as médias móveis na região de US$ 491,90. Acima desse nível, as próximas resistências estão em US$ 504,00 e na máxima do ano em US$ 534,39. Caso rompa essa faixa, os alvos projetados ficam em US$ 552,45, US$ 572,30 e um alvo mais longo em US$ 611,70.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

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Análise técnica do boi gordo (BGIH25)

Após um expressivo avanço de 23,39% em 2024, o boi gordo renovou seu topo histórico nos R$ 349,74. No entanto, o ativo entrou em um movimento corretivo e, agora, opera dentro de uma faixa lateralizada. Em março, acumula uma leve alta de 1,16%, cotado a R$ 305,05, enquanto no ano sobe 0,84%.

No médio prazo, o contrato encontrou suporte na região de R$ 297,00, o que impediu uma queda mais acentuada. Desde então, segue oscilando dentro dessa faixa, sem uma direção clara definida.

No curto prazo, a lateralização impõe desafios aos investidores. O contrato negocia acima das médias móveis, o que mantém a possibilidade de retomada da alta. Para que isso ocorra, será necessário romper as resistências em R$ 309,85 e R$ 316,40, pontos que poderiam destravar novas valorizações rumo a R$ 325,00 e R$ 332,15. O alvo mais longo ficaria no topo histórico de R$ 349,51, com novas projeções em R$ 355,90 e R$ 370,45.

Por outro lado, se perder a região das médias móveis em R$ 303,70, o contrato pode voltar a testar o suporte da lateralização em R$ 297,00. Caso esse nível seja rompido, a tendência baixista pode se intensificar, levando o preço para R$ 277,68, R$ 268,00 e R$ 252,50, com um suporte mais longo em R$ 241,20.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise técnica do milho (CCMH25)

O milho tem se destacado no mercado de commodities, consolidando uma tendência de alta no curto prazo. Em 2024, o ativo acumulou uma perda de 4,70%, mas reverteu o cenário e, em 2025, já registra uma valorização de 15,70%, cotado a R$ 87,60. Em março, sobe 1,10%, mostrando força compradora.

No médio prazo, a tendência de alta se confirmou desde que o contrato atingiu seu suporte em R$ 62,43, em julho de 2024. Desde então, vem formando topos e fundos ascendentes, mantendo-se acima das médias móveis.

No curto prazo, o ativo precisa superar a máxima da última sessão em R$ 88,17 para confirmar a continuidade do movimento de alta. Acima desse patamar, o próximo alvo está em R$ 95,00, com projeções mais longas em R$ 105,55, R$ 119,00, R$ 129,00 e R$ 144,25.

No entanto, vale atenção ao IFR (14), que se encontra em região sobrecomprada nos 72,88, o que pode indicar um possível movimento corretivo.

Caso haja realização de lucros, o ativo precisará manter suporte nas médias móveis em R$ 86,20 e R$ 83,20 para evitar uma reversão. Caso perca esses níveis, os próximos suportes estão em R$ 80,20 e R$ 74,60, com um alvo mais longo na média de 200 períodos, em R$ 72,40, e um suporte ainda mais distante em R$ 70,00.

Fonte: RocketTrader. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

(Rodrigo Paz é analista técnico)

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