Ibovespa Ao Vivo: Bolsa oscila em meio a dados de inflação do Brasil e dos EUA

A China disse nesta quarta-feira que os Estados Unidos prejudicaram a cooperação bilateral antidrogas ao impor tarifas sobre produtos chineses por causa do fentanil, pedindo a Washington que pare de usar a questão como moeda de troca para “chantagear” o país. O presidente dos EUA, Donald Trump, aumentou as tarifas sobre todas as importações chinesas para 20% em relação à taxa anterior de 10% para punir Pequim pelo que ele diz ser sua falha em interromper os envios de produtos químicos usados para a produção do opióide mortal fentanil para os Estados Unidos. “Os EUA deveriam ter nos agradecido muito”, disse uma autoridade sênior do Ministério das Relações Exteriores da China em uma reunião em Pequim para discutir um estudo da China sobre o fentanil publicado no início deste mês. “Mas, lamentavelmente, os Estados Unidos não apreciam essa gentileza. Pelo contrário, estão usando a questão do fentanil para espalhar todos os tipos de mentiras e têm difamado a China, transferindo a culpa, independentemente do progresso da cooperação.” (Reuters)

André Valério, economista sênior do Inter, entende que, “de modo geral, foi um resultado bem positivo, com manutenção da desaceleração da inflação de habitação, que acumula alta de 4,2% nos últimos 12 meses, além de desaceleração na inflação de serviços e de bens. Entretanto, boa parte da desaceleração na inflação de serviços se deve à queda nos preços das passagens aéreas, que fez com que o item de serviços de transporte observasse deflação no mês. De toda forma, o qualitativo mais positivo da inflação americana tem potencial de continuar melhorando nos próximos meses”. Mas o economista ainda sublinha que “a incerteza acerca das tarifas que o governo Trump pode adotar e como elas serão repassadas à inflação ainda é um empecilho para uma maior confiança de que a inflação irá convergir à meta no curto prazo. Assim, não esperamos mudança na condução da política monetária por parte do Fomc na próxima semana, com o comitê devendo manter a taxa de juros no atual patamar”. Para ele, o Fed só volta a cortar as taxas em setembro, com dois cortes, “entretanto, esse cenário pode mudar caso a inflação mantenha a tendência positiva vista hoje ou caso a desaceleração na atividade americana seja mais intensa que o esperado”.

Tatiana Pinheiro, economista-chefe da Galapagos Capital, diz que, “apesar de alguma indicação de desaceleração da inflação, a resiliencia da inflação de serviços e média dos núcleos em patamar elevado reforçam a necessidade da manutenção do processo de alta dos juros”. Ela mantém expectativa de que o Copom aumentará a Selic em 1 pp na reunião de março e terminará o ciclo de alta na reunião de maio, levando a Selic para 15%.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta quarta-feira, Medida Provisória que cria a linha do consignado “Crédito do Trabalhador”. Com ele, profissionais do setor privado poderão usar a Carteira de Trabalho Digital para ter acesso a empréstimos mais baratos com garantia do FGTS. O evento será no Palácio do Planalto, a partir das 11h. A medida mira públicos como o dos empregados domésticos e trabalhadores rurais com carteira assinada, além de MEIs. Por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), o trabalhador terá a opção de requerer proposta de crédito diretamente com instituições financeiras habilitadas pelo Governo Federal. Para isso, o profissional autoriza o acesso a dados como nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A partir daí, o trabalhador recebe ofertas em até 24h, analisa a melhor opção e faz a contratação no canal do banco. O desconto das parcelas será na folha de salários, mensalmente pelo eSocial, o que permite que as taxas de juros sejam inferiores às praticadas atualmente no consignado por convênio. Após a contratação, o trabalhador acompanha mês a mês as atualizações do pagamento das parcelas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que o governo brasileiro não deve promover uma retaliação imediata após o governo dos Estados Unidos implementar tarifa adicional sobre o aço e o alumínio, ressaltando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu calma na análise do tema. Em entrevista a jornalistas, Haddad afirmou que o Ministério da Fazenda vai estudar propostas apresentadas pelo setor de aço e vai elaborar uma nota técnica sobre o tema para subsidiar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, disse que nada impedirá as tarifas de 25% do presidente Donald Trump sobre o aço e o alumínio até que a produção doméstica seja fortalecida, e que Trump acrescentará o cobre às suas proteções comerciais. Lutnick também disse à CNBC que uma reunião que ele planeja realizar com o primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, buscará “baixar a temperatura” entre os EUA e o Canadá, mas ele esperará que Mark Carney seja totalmente empossado como primeiro-ministro canadense para negociar sobre o comércio em nível nacional. “Portanto, acho que é apenas para nivelar as coisas, ter certeza de que nos conhecemos, e então vamos negociar com todo o Canadá”, disse Lutnick sobre a reunião com Ford.

É a sétima redução seguida da taxa de juros promovida pela autoridade monetária. O ciclo de baixa começou em 5 de junho de 2024, quando passou de 5,00% ao ano para 4,75%.

Analistas veem melhora dos números do 4T, mas com cenário ainda desafiador.

Investidores em Wall Street voltam a se animar, depois que o relatório de índice de preços ao consumidor (CPI) em fevereiro se mostrou mais suave e aliviou as preocupações sobre a economia, pelo menos por ora. Os índices vêm de dois dias de fortes baixas com preocupações sobre uma possível recessão nos EUA não desmentida pelo presidente local Donald Trump.

• Dow Jones: +0,59%
• S&P 500: +1,15%
• Nasdaq: +1,78%

O Ibovespa opera em alta nos primeiros negócios desta quarta-feira (12), aos 123,8 mil pontos, com investidores digerindo o IPCA de fevereiro e os dados de inflação ao consumidor dos EUA. Sobem as ações de grandes bancos e de varejistas, enquanto caem as ações de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4). O dólar comercial sobe a R$ 5,83 e os juros futuros (DIs) avançam juntos. O IPCA subiu 1,31% em fevereiro. O índice ficou 1,15 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de janeiro (0,16%), que havia sido a menor taxa para o mês desde 1994. Nos últimos doze meses, a taxa ficou em 5,06%, acima dos 4,56% dos 12 meses imediatamente anteriores. Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI) em fevereiro subiu 0,2%, abaixo da expectativa de mais 0,3%. Operadores veem retomada dos cortes de juros pelo Fed em junho após dados de inflação. Também pesa no sentimento dos traders a entrada em vigor de tarifas dos Estados Unidos sobre metais. O aumento das tarifas de Trump sobre todas as importações de aço e alumínio intensifica uma campanha para reordenar o comércio global em favor dos EUA e atraiu uma rápida retaliação da Europa. Nos EUA, o Dow Jones Futuro opera com alta de 0,62%, S&P500 tem valorização 1,12% e Nasdaq Futuro sobe 1,52%, com atenção para números do relatório Jolts, às 11h. (Felipe Alves)

Igor Cadilhac, economista do PicPay, diz que qualitativamente, apesar de algum alívio marginal na maioria dos núcleos, “o resultado foi preocupante, embora dentro do esperado”. Com esse cenário, somado às expectativas desancoradas, “reforça a necessidade de uma política monetária mais rígida”, ele diz. “Diante disso, mantemos nossa projeção de que o Copom elevará a Selic para 15%, nível que deve ser mantido até o fim do ano”. A projeção dele para inflação em 2025 é de 5,6%. “Seguimos vendo uma assimetria altista no balanço de risco. Possíveis fatores de baixa incluem desaceleração da atividade econômica global mais acentuada e combate à inflação de forma sincronizada globalmente. Em contrapartida, monitoramos uma maior resiliência na inflação de serviços em função de um hiato do produto apertado; desancoragem das expectativas em um contexto de percepção de risco fiscal; e desvalorização da moeda”.

Leonardo Costa, economista do ASA, entende que o qualitativo veio pior que o esperado, “com resistência dos serviços em patamar elevado (a média móvel de três meses está rodando em 7,8%, mesmo patamar do mês anterior e incompatível com a meta de 3% do BC)”. Por outro lado, ele nota, “a inflação dos bens industrializados desacelerou nos últimos meses, muito pela volatilidade de cuidados pessoais – núcleo de bens que exclui esse grupo ficou estável. O IPCA de 2025 é projetado em +5,7%, com possível revisão para cima no IPCA de março (coleta de alimentos pior no começo do mês). O IPCA de 2026 é projetado em +5,5%”.

Assim como no Brasil, Fabio Oliveira, da XP, vê indefinição também nos Estados Unidos.

• Dow Jones Futuro: +1,18% (antes CPI: +0,59%)
• S&P 500 Futuro: +1,40% (antes CPI: +0,85%)
• Nasdaq Futuro: +1,66% (antes CPI: +1,05%)

Confira os vencimentos mais observados:

• Título de 2 anos: +0,031 pp, a 3,972% (antes CPI: +0,043 pp, a 3,984%)
• Título de 10 anos: +0,034 pp, a 4,322% (antes CPI: +0,024 pp, a 4,312%)

A caderneta de poupança registrou saques líquidos no valor de R$8,007 bilhões em fevereiro, no que foi o segundo mês consecutivo de retiradas, mostraram dados do Banco Central nesta quarta-feira. No acumulado do ano, a poupança registra retirada líquida de R$34,233 bilhões. A caderneta teve saques líquidos em sete dos últimos oito meses, com apenas dezembro como exceção. Em fevereiro, houve um saldo negativo de R$5,058 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto a poupança rural teve saques líquidos de R$2,949 bilhões. Ambos haviam registrado saídas em janeiro. A rentabilidade atual da caderneta de poupança é dada pela taxa referencial (TR) mais uma remuneração fixa de 0,5% ao mês. Esta fórmula vale enquanto a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano — a taxa básica de juros está atualmente em 13,25% ao ano.

Em janeiro, ficou em 3,3%, na comparação com janeiro de 2024.

Em janeiro, em comparação a dezembro, o núcleo do CPI subiu 0,4%.

Em janeiro, ficou em 3,0%, na comparação com janeiro de 2024.

Em janeiro, em comparação a dezembro, a leitura foi de mais 0,5%.

• Dow Jones Futuro: +0,59%
• S&P 500 Futuro: +0,85%
• Nasdaq Futuro: +1,05%

Confira os vencimentos mais observados:

• Título de 2 anos: +0,043 pp, a 3,984%
• Título de 10 anos: +0,024 pp, a 4,312%

Os dados do índice de preços ao consumidor (CPI) nos EUA sai em instantes, às 9h30, Horário de Brasília.

A inflação no Brasil acelerou com força no Brasil em fevereiro e atingiu o maior nível em quase três anos diante do aumento dos preços da energia elétrica, levando a taxa em 12 meses acima de 5% às vésperas de nova decisão de política monetária do Banco Central. Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,31%, depois de avançar 0,16% em janeiro, resultado que ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 1,30%. Esta é a taxa mensal mais elevada desde março de 2022 (1,62%), e o resultado mais forte para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%). Os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram ainda que a a alta do IPCA nos 12 meses até fevereiro chegou a 5,06%, de 4,56% no mês anterior. É a primeira vez que a taxa em 12 meses fica acima de 5% desde setembro de 2023 (5,19%), indo mais além do teto da meta oficial — 3,0% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 5,05%%. (Reuters)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), cobrou nesta quarta-feira responsabilidade com os gastos públicos e disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, precisa mais de apoio dentro do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do que externamente. Em discurso no Brazil Summit, realizado pelo Lide e pelo jornal Correio Braziliense, em Brasília, Motta também disse que o Congresso precisa discutir a eficiência da máquina pública e acrescentou que o atual patamar da taxa de juros no Brasil é “amedrontador”.

 

Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou há 244 dias aumento dos preços da gasolina. Sobre o diesel, a estatal determinou um reajuste há 40 dias. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis publica o estudo diariamente, de segunda a sexta.

• Diesel A S10 (média nacional): +4%, ou +R$ 0,14 (ontem: +5% ou +R$ 0,19)
• Gasolina A (média nacional): +4%, ou +R$ 0,11 (ontem: +5% ou +R$ 0,15)

Fabio Oliveira, da XP, prega estratégias mais cautelosas no mercado de investimentos por conta do cenário nos Estados Unidos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro foi de 1,31%, ficando 1,15 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de janeiro (0,16%). Esse foi o maior IPCA para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%). No ano, o IPCA acumula alta de 1,47% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,06%, acima dos 4,56% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2024, a variação havia sido de 0,83%.

Dado vem após 0,39% na mesma leitura de fevereiro.

Senadores democratas estavam discutindo nesta quarta-feira como responder a um projeto de financiamento provisório do governo dos Estados Unidos aprovado pela Câmara dos Deputados na terça, tendo que escolher entre votar a favor da legislação que muitos deles se opõem ou permitir uma paralisação do governo. Os senadores republicanos, do partido do presidente Donald Trump, detêm uma maioria de 53 a 47 no Senado, mas precisarão do apoio de pelo menos alguns democratas para atingir o limite de 60 votos necessários para aprovar a maioria das leis na Casa. O Senado pode votar o projeto já nesta quarta-feira, dependendo dos planos dos democratas, disse uma fonte familiarizada com as discussões entre republicanos.

A zona do euro está enfrentando choques excepcionais decorrentes de questões comerciais, de defesa e climáticas, o que possivelmente amplia a volatilidade da inflação e eleva o risco de que a alta dos preços se torne mais persistente, disse a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, nesta quarta-feira. Essas forças impossibilitam que o BCE sinalize a intenção da política monetária, mas tornam imperativo que o banco reforce o compromisso com sua meta de inflação de 2% e descreva como reagir a vários choques, disse Lagarde em um discurso em Frankfurt. O BCE cortou a taxa de juros seis vezes desde junho do ano passado, mas não forneceu nenhum indício sobre seus próximos passos na semana passada, deixando os mercados com a percepção de uma era de incerteza particular, impulsionada pelos desafios do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à cooperação internacional estabelecida.

O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, mostrou-se conformado nesta quarta-feira com os recentes aumentos nos rendimentos dos títulos, dizendo que eles são um reflexo natural das expectativas do mercado em relação a futuros aumentos da taxa de juros pelo banco central. As falas ressaltam a determinação do Banco do Japão de continuar aumentando os juros de curto prazo e de permitir que os mercados precifiquem livremente a chance de novos aumentos nos custos dos empréstimos. Embora as taxas de juros de longo prazo tenham aumentado desde o ano passado, seus movimentos devem ser determinados principalmente pelas forças do mercado, disse Ueda ao Parlamento. “As taxas de juros de longo prazo dependem de vários fatores. Mas o maior determinante é a previsão do mercado sobre as perspectivas de nossa taxa de juros de curto prazo”, disse Ueda nesta quarta-feira. “É natural que as taxas de longo prazo se movam de uma forma que reflita essas previsões do mercado”, disse ele.

Davi informou que a sessão já foi acertada com o presidente da Câmara, Hugo Motta, e terá apenas esse item na pauta.

Pela manhã, o presidente Lula se reúne às 9h com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. Às 9h30, recebe o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza. Em seguida, às 10h, tem encontro com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Às 11h, participa da cerimônia de lançamento do programa “Crédito do Trabalhador”. À tarde, às 15h, comparece à solenidade de posse da ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha na presidência do Superior Tribunal Militar e do ministro Francisco Joseli Parente Camelo nos cargos de vice-presidente e corregedor da Justiça Militar da União. Às 16h30, recebe o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti. Encerrando a agenda do dia, às 17h, tem reunião com o assessor-chefe adjunto da Assessoria Especial da Presidência da República, Audo Faleiro.

A equipe de reportagem do InfoMoney fará a cobertura ao vivo da coletiva que dá início à temporada da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física 2025.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente subiu 4,1% no comparativo anual.

O Kremlin disse nesta quarta-feira que precisa ser informado pelos Estados Unidos sobre o resultado das negociações entre os EUA e a Ucrânia na Arábia Saudita antes de comentar se a proposta de cessar-fogo é aceitável para a Rússia. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também disse aos repórteres que não descarta a possibilidade de uma ligação telefônica entre os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump, que, segundo ele, poderia ser organizada muito rapidamente, se necessário.

Ebitda societário atingiu R$ 192,2 milhões, um aumento de 82,2% em comparação ao quarto trimestre de 2023.

O aumento das tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre todas as importações de aço e alumínio entrou em vigor nesta quarta-feira, intensificando uma campanha para reordenar o comércio global em favor dos EUA e atraindo uma rápida retaliação da Europa. A ação de Trump para aumentar as proteções para os produtores norte-americanos de aço e alumínio restabelece tarifas globais efetivas de 25% sobre todas as importações de metais e estende as tarifas a centenas de produtos feitos com os metais, desde porcas e parafusos até lâminas de escavadeiras e latas de refrigerante. Os países mais afetados pelas tarifas são o Canadá, o maior fornecedor estrangeiro de aço e alumínio para os EUA, o Brasil, o México e a Coreia do Sul, que têm desfrutado de algum nível de isenções ou cotas. O foco excessivo de Trump nas tarifas desde que assumiu o cargo em janeiro abalou a confiança dos investidores, consumidores e empresas de uma forma que os economistas temem que possa causar uma recessão nos EUA e um atraso ainda maior na economia global.

A medida impacta setores industriais e agrícolas americanos, e entra em vigor em 1º de abril.

Os preços do petróleo avançam com dólar fraco, mas preocupações com o impacto das tarifas limitam ganhos. As cotações do minério de ferro na China devolveram os ganhos iniciais e recuaram nesta quarta, pressionados pela retomada das discussões no mercado sobre o plano da China de cortar a produção de aço bruto para conter o excesso de oferta no setor.

• Petróleo WTI, +1,00%, a US$ 66,91 o barril
• Petróleo Brent, +0,89%, a US$ 70,18 o barril
• Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -0,32%, a 769,50 iuanes (US$ 105,98)

Os mercados europeus operam em alta após o presidente Donald Trump buscar acalmar as preocupações sobre a economia dos EUA e a Ucrânia aceitar uma trégua de 30 dias com a Rússia. Os EUA disseram que restaurariam a ajuda militar e o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia depois que Kiev disse que aceitaria uma proposta de cessar-fogo dos EUA, embora a Rússia ainda não tenha respondido.

• FTSE 100 (Reino Unido): +1,36%
• DAX (Alemanha): +1,73%
• CAC 40 (França): +1,24%
• FTSE MIB (Itália): +0,59%
• STOXX 600: +1,00%

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam de forma mista, devido à incerteza sobre os planos tarifários do presidente dos EUA, Donald Trump, e aos temores de uma recessão na maior economia do mundo. A Casa Branca confirmou que as tarifas de 25% sobre aço e alumínio entrariam em vigor no Canadá e em outros países a partir de quarta-feira, mas acrescentou que Trump não planeja mais aumentar as tarifas sobre as importações canadenses de aço e alumínio para 50%.

• Shanghai SE (China), -0,23%
• Nikkei (Japão): +0,07%
• Hang Seng Index (Hong Kong): -0,76%
• Kospi (Coreia do Sul): +1,47%
• ASX 200 (Austrália): -1,32%

Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta quarta-feira (12), enquanto investidores aguardam a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de fevereiro. A expectativa é de alta de 0,3% em relação ao mês anterior e 2,9% na base anual. Os dados de inflação ao consumidor definirão os próximos passos da política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) em um momento em que crescem as preocupações do mercado com a inflação e a desaceleração do crescimento.

• Dow Jones Futuro: +0,48%
• S&P 500 Futuro: +0,71%
• Nasdaq Futuro: +0,83%

Os mercados operam nesta quarta-feira sob a sombra da entrada em vigor de tarifas dos Estados Unidos sobre metais, em dia de divulgação de dados de inflação tanto nos EUA quanto no Brasil. O aumento das tarifas de Trump sobre todas as importações de aço e alumínio intensifica uma campanha para reordenar o comércio global em favor dos EUA e atraiu uma rápida retaliação da Europa. Os países mais afetados pelas tarifas são o Canadá, o maior fornecedor estrangeiro de aço e alumínio para os EUA, o Brasil, o México e a Coreia do Sul. Em meio ao nervosismo do mercado com a política comercial norte-americana, investidores também ficam de olho nos dados de inflação ao consumidor do país que serão divulgados às 9h30 (horário de Brasília) em meio a preocupações com a economia. Já o IBGE publica às 9h os dados de fevereiro do IPCA, com expectativas de aceleração da alta a 1,30% na comparação mensal e a 5,05% em 12 meses. Na cena política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participam de cerimônia de lançamento de programa de crédito consignado no Palácio do Planalto, às 11h. (Reuters)

Investidores em Wall Street se viram em um dia de oscilação, quando o governo Trump anunciou mais tarifas sobre o Canadá. No meio da tarde, a província de Ontario aceitou conversar sobre tarifas e fez os índices darem uma melhorada, junto com a notícia de um acordo de cessar-fogo entre Ucrânia e EUA, mas que não incluiu ainda a Rússia. “Há claramente uma tolerância à dor por parte do governo na busca de objetivos comerciais que não são necessariamente de natureza inteiramente econômica”, disse à CNBC Ross Mayfield, estrategista de investimentos da Baird. “Neste ponto, ainda estou no campo de que não estamos à beira de uma recessão, mas talvez de uma desaceleração ou de um susto de crescimento. As liquidações não recessivas tendem a ser mais curtas e brandas do que as recessivas”. Uma parte do movimento de venda pode ser atribuída também à cautela antes da divulgação do CPI (inflação ao consumidor) amanhã.

O dólar interrompeu três altas seguidas diante do real. O movimento foi na mesma direção da divisa norte-americana no resto do planeta, que na comparação com as principais moedas do mundo fez o índice DXY ficar com menos de 0,51%, aos 103,31 pontos.

• Venda: R$ 5,812
• Compra: R$ 5,811
• Mínima: R$ 5,804
• Máxima: R$ 5,848

Maiores baixas

Maiores altas

Mais negociadas

• Máxima: 124.625,49
• Mínima: 122.635,62
• Diferença para a abertura: -1.012,03 pontos
• Volume: R$ 20,20 bilhões

Confira a evolução do IBOV durante a semana, mês e ano:

• Segunda-feira (10): -0,41%
• Terça-feira (11): -0,81%
• Semana: -1,22%
• Março: +0,58%
• 1T25: +2,68%
• 2025: +2,68%

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