“Baby foi infeliz”: dono da D-Edge comenta falas sobre cura gay e perdão a assédio

A cantora e pastora Baby do Brasil e o empresário Renato Ratier. Foto: Reprodução

O empresário Renato Ratier, dono da casa noturna D-Edge, se manifestou nesta quarta-feira (12) sobre o culto evangélico realizado no local.

Durante o culto realizado na última segunda-feira (10), a cantora e pastora Baby do Brasil pediu que as vítimas de abusos sexuais perdoassem seus agressores, mesmo que sejam membros da própria família.

“Perdoa tudo que você tiver de ruim no seu coração, aqui, hoje, nesse lugar, perdoa! Se teve abuso sexual, perdoa! Se foi da família, perdoa!”, disse Baby.

Em comunicado publicado no Instagram, Ratier se desculpou pelo episódio e afirmou que as declarações não condizem com o que ele acredita.

“Antes de mais nada, quero expressar meu profundo respeito a todas as pessoas que foram atingidas por declarações de terceiros durante o culto e reafirmar os valores que sempre guiaram minha trajetória. Jamais foi minha intenção ferir ou desrespeitar qualquer pessoa”, disse.

“Deixo claro que sou absolutamente contra qualquer tipo de abuso e discriminação e que todo crime deve ser denunciado e apurado”, acrescentou.

Baby do Brasil durante culto evangélico na casa de shows D-Edge, na Barra Funda, em São Paulo. Foto: Reprodução

Baby do Brasil e Ratier, que se converteu evangélico no ano passado após problemas de saúde enfrentados por sua esposa, Sarah Cardoso, são amigos de longa data.

“Estou conversando com a Baby do Brasil e os outros para justificarem suas falas publicamente, já que elas não refletem meus valores nem os do D-EDGE”, afirmou o empresário.

Em outro momento polêmico do culto, um pastor subiu ao palco e falou sobre o seu processo de “cura gay”. Pedro Santana contou que tinha uma vida “pecaminosa”, imersa na prostituição, até vivenciar um “milagre”. O pastor disse ter sido “curado” ao “aceitar” Jesus.

Ratier reforçou que não acredita na “cura gay”. “Essa ideia não existe e jamais fez parte dos meus valores. Minha trajetória sempre esteve pautada no respeito e no apoio à comunidade LGBTQIAP+”, declarou.

“Quero, mais uma vez, reforçar que a minha intenção jamais foi gerar qualquer tipo de discurso que pudesse causar sofrimento, especialmente para aqueles que já sofreram abusos ou qualquer outro tipo de violência”, disse o empresário.

“Baby foi infeliz porque não pôde explicar o que quis dizer”, disse Renato Ratier em entrevista a Splash, do Uol. “Acho que ela quis dizer do perdão do coração, mas ela que tem que responder por ela, porque o perdão é uma coisa pessoal”.

 

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