Fundador da Embelleze perdeu R$ 122 milhões após ser manipulado por falsa amizade virtual

O empresário Itamar Serpa Fernandes, fundador da Embelleze, e sua ex-mulher, Monique Elias. Foto: Reprodução

O empresário Itamar Serpa Fernandes, fundador da Embelleze, e sua ex-mulher, Monique Elias, estão no centro de uma trama que envolve falsa amizade virtual, manipulação por e-mail e um desvio de mais de R$ 120 milhões. As investigações sobre o caso apontam que a ex-esposa criou um perfil falso na internet para influenciar decisões do homem.

Segundo o Fantástico, da TV Globo, a trama começou com e-mails de uma suposta amiga do empresário, que se apresentava como Jéssica Ferrer. Ela se apresentava como uma pessoa doce e atenciosa, e dizia que falaria “verdades importantes” para o empresário.

“Ninguém no seu ambiente de trabalho é de sua inteira confiança”, diz trecho de um dos e-mails. Itamar se afastou dos filhos e amigos após as correspondências eletrônicas e passou a tomar decisões financeiras com base nas mensagens.

A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil do Rio de Janeiro diz que Jéssica Ferrer é uma personagem virtual criada pela ex-mulher de Itamar para manipular o empresário. “Ela idealizou uma estratégia deliberada e prolongada de manipulação e isolamento praticado contra o Itamar”, diz o delegado João Valentim Neto.

Monique passou dez anos manipulando Itamar e, ao fim do período, contou com a ajuda de João Carlos Tavares da Mata Serpa, seu filho, e de Matheus Palheiras, com quem é casada desde o início de 2025. “Foi um trabalho de anos, um trabalho de desconstrução de membros da família, de desconstrução da própria integridade mental do Itamar”, diz o advogado Alexandre Costa da Silva.

E-mail enviado por falsa amizade virtual a empresário. Foto: Reprodução

A personagem Jéssica dilapidou o patrimônio de Itamar e incentivou o empresário a ajudar a ex-mulher financeiramente. Em junho de 2023, por exemplo, ele foi hospitalizado com sangramentos no fígado e Monique proibiu visitas de filhos e irmãos.

A polícia identificou 21 transferências financeiras de mais de R$ 400 mil retiradas das contas de Itamar por João sem autorização. Itamar morreu no dia 18 de julho daquele ano, após não resistir a uma cirurgia.

No total, Monique, Matheus e João desviaram R$ 122 milhões de Itamar com transferências, compras e vendas de imóveis, além de alterações em seguros e fraude no testamento. O trio foi indiciado por estelionato, furto mediante fraude e associação criminosa. Eles também são investigados por lavagem de dinheiro.

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