Gonet pede ao STF que transforme em réus militares e policiais envolvidos no golpe

Paulo Gonet: o procurador-geral da República solicitou ao STF que transforme em réus militares e policiais acusados de integrar o núcleo operacional do plano golpista – Foto: Reprodução

Na segunda-feira (17), Paulo Gonet, procurador-geral da República, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que transforme em réus militares e policiais acusados de integrar o núcleo operacional do plano golpista.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), esse grupo tinha o papel de realizar ações coercitivas e monitorar autoridades, atuando para viabilizar a execução do golpe orquestrado por Jair Bolsonaro e aliados.

Os investigados fazem parte do chamado “Núcleo 3”, composto por representantes das forças de segurança. A denúncia aponta que esse grupo esteve envolvido em articulações para atentar contra a ordem democrática e cita até planos para eliminar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice, Geraldo Alckmin.

Faziam parte do Núcleo 3: Estevam Gaspar de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Wladimir Matos Soares, Bernardo Romão Corrêa Netto, Cleverson Ney Magalhães, Fabrício Moreira de Bastos, Márcio Nunes de Resende Júnior, Nilson Diniz Rodrigues, Sérgio Cavaliere de Medeiros, Ronald Ferreira de Araújo Júnior.

As defesas pediram a rejeição da acusação, alegando falta de provas, cerceamento do direito de defesa e questionando a legalidade da delação premiada de Mauro Cid.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, delator no caso da tentativa de golpe de Estado – Foto: Reprodução

Gonet rebateu as alegações e defendeu a validade da colaboração premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. “A denúncia descreve de forma pormenorizada os fatos delituosos e as suas circunstâncias, explanando de forma compreensível e individualizada a conduta criminosa em tese adotada por cada um dos denunciados”, afirmou o procurador-geral.

A PGR destacou que a prerrogativa de foro se mantém mesmo após o afastamento dos investigados de seus cargos, garantindo que o STF continue responsável pelo julgamento. Com essa manifestação, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, já pode liberar a denúncia para análise na Primeira Turma do Supremo.

No total, 34 pessoas foram denunciadas por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado. Entre os integrantes do núcleo principal da trama golpista estão Jair Bolsonaro, Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Augusto Heleno, Braga Netto, Almir Garnier Santos, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres.

O julgamento do caso envolvendo Bolsonaro e outros sete aliados está marcado para o dia 25 deste mês. A Primeira Turma do STF será responsável por decidir se os acusados se tornarão réus e seguirão para a próxima fase do processo.

Conheça as redes sociais do DCM:

⚪Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo

🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line

Adicionar aos favoritos o Link permanente.