Saiba quais fundos de investimento se tornam mais interessantes com a Selic a 14,25%

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Com a nova alta na taxa básica de juros (Selic), que foi a 14,25% ao ano na última quarta-feira, a expectativa é de mais fuga de investidores de fundos multimercado, que puxaram as saídas em fevereiro. Mas quais fundos se tornam mais interessantes neste momento de juros ainda mais elevados?

Para Andressa Bergamo, especialista em mercado de capitais e sócia-fundadora da AVG Capital, os fundos de crédito privado são uma opção na mesa, já que tendem a oferecer um retorno mais elevado em tempos de Selic alta. Isso porque as empresas, tradicionalmente, compensam o risco de crédito com uma taxa maior para atrair investidores.

Nesse caso, é importante lembrar que são fundos com risco que, dependendo do tipo de aplicação, pode ser bastante superior ao dos títulos públicos.

“Esses fundos podem oferecer um rendimento superior ao de fundos de renda fixa tradicionais, embora com um risco adicional relacionado ao crédito dos emissores”, lembra Bergamo.

Entre os fundos de crédito privado, um estudo da XP Investimentos recomenda para este momento aqueles de crédito alongado – os dados mostram que os com prazo de resgate superior a 30 dias entregaram uma rentabilidade de 62,55%.

Para os investidores mais avessos a risco, Bergamo indica os fundos de renda fixa de curto prazo, que oferecem a rentabilidade atrelada à taxa de juros. “As opções mais indicadas são os fundos de renda fixa de curto prazo, como os que investem em CDB, LCI e LCA e, principalmente, títulos públicos (Tesouro Selic)”, afirma Bergamo.

Nesse caso, vale a dica para que o investidor fique atento à taxa de administração cobrada pelos fundos, que pode corroer parte da rentabilidade.

Apesar de em geral possuírem o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) como benchmark, 72% dos fundos de renda fixa mais conservadores entregam abaixo de 85% da referência dos investimentos em renda fixa em 12 meses. Muitos cobram taxas de administração consideradas elevadas para esse tipo de fundo, um dos principais fatores que corroem o rendimento das aplicações, segundo levantamento da Quantum Finance.

Resgates atingem também a renda fixa

Dados da Anbima (Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) mostram que os resgates nos fundos de investimento superaram os aportes em R$ 44,1 bilhões em fevereiro. No acumulado do ano, a saída líquida acumulada já é de R$ 35,8 bilhões.

A fuga foi liderada pelos fundos multimercados, mas a renda fixa também fechou o segundo mês consecutivo no vermelho. A avaliação de especialistas é que o movimento é pontual, e que os fundos mais conservadores devem voltar a atrair recursos, principalmente em um cenário de novo aumento da Selic.

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