O dilema do extremista moderado. Por Moisés Mendes

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante ato pró-anistia em Copacabana (RJ), em março. Foto: Mauro Pimentel/AFP

Tarcísio de Freitas subirá no caminhão fúnebre de Bolsonaro nesse domingo na Paulista pensando basicamente o seguinte: como fazer para não ficar tão perto do cara que pareça uma cópia do fascista, e o que fazer para que não dê a entender que deseja fugir do sujeito.

Tarcísio, depois da pesquisa Datafolha, em que perde de goleada para Lula em 2026, sabe apenas o seguinte: que não é, como a Globo, a Folha e o Estadão pensavam, a extrema direita moderada capaz de enfrentar o presidente.

Pode até vir a ser, mas ainda não é. Com todo o apoio da direita e com a base bolsonarista quase intacta, com poucas discordâncias, Tarcísio poderia estar melhor. Mas perde feio para Lula no segundo turno: 48% a 39%.

Mas a velha direita e a nova extrema direita podem ter Michelle. Pois contra Michelle Lula tem 50% a 38%. Contra Eduardo Bolsonaro, 51% a 34%.

O que apavora ainda mais a direita é que Haddad também venceria Tarcísio por 43% a 37%. O Datafolha faz a simulação vigarista, que outros institutos também fazem, de colocar Bolsonaro na disputa, quando o sujeito já está fora por ser inelegível.

E então Lula também dá de laço no chefe do golpe, com 49% a 40. Também Haddad venceria o golpista por 45% a 41%.

O que parece é que o Datafolha decidiu esculhambar com a brincadeira dos institutos de aluguel, que vinham dando Lula como um pangaré cansado.

A direita não tem, como mostram os Paranás Pesquisas da vida, quem possa enfrentar Lula. E isso que estamos a um ano e meio da eleição. Com essa pesquisa, pode-se dizer aos institutos picaretas: vamos parar com as picaretagens. O fascismo vai abalado para a Paulista.

Conheça as redes sociais do DCM:

⚪Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo

🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line

Adicionar aos favoritos o Link permanente.