O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a intensificar a guerra comercial com a China ao anunciar, nesta segunda-feira (7), que pretende aplicar tarifas adicionais de 50% sobre todas as importações chinesas caso Pequim não retire as sanções retaliatórias impostas contra Washington.
“Se a China não retirar seu aumento de 34% acima de seus abusos comerciais de longo prazo até amanhã, 8 de abril de 2025, os Estados Unidos imporão Tarifas ADICIONAIS à China de 50%, com efeito em 9 de abril”, escreveu Trump em uma rede social.
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Com a medida, o total de tarifas aplicadas pelos EUA sobre produtos chineses pode chegar a 84% em apenas uma semana, elevando as tensões entre as duas maiores economias do mundo. Trump também afirmou que as negociações com a China estão encerradas, embora mantenha abertura para diálogos com outros países.
A guerra comercial teve início no último dia 2 de abril, quando os EUA impuseram uma tarifa de 34% sobre todas as importações chinesas. Em resposta, a China retaliou com medidas equivalentes, além de restringir a exportação de terras raras — minerais essenciais para a indústria de tecnologia — e bloquear o comércio com 16 empresas americanas.
A escalada de tensões tem causado quedas nas bolsas globais e ampliado a incerteza no cenário econômico internacional. No entanto, a China adota um tom de calma diante da ameaça. Em editorial publicado no Diário do Povo, veículo oficial do Partido Comunista Chinês, o país declarou estar pronto para lidar com a pressão americana.
“Temos grande capacidade de suportar a pressão. Nossa dependência do mercado dos EUA está em queda. As exportações para os Estados Unidos caíram de 19,2% em 2018 para 14,7% em 2024”, diz o texto, que garante: “o céu não cairá”.
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