Confissões de um torturador resgata última entrevista do coronel Ustra

Em 2014, Cleidi Pereira, então repórter de Zero Hora, entrevistou por duas horas e meia o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra. Um ano depois da reportagem publicada no jornal gaúcho, o militar, que ficou marcado por chefiar o DOI-Codi de São Paulo, um dos centros de tortura e assassinato de pessoas que se opunham à ditadura militar, faleceu vítima de pneumonia, seguida de falência múltipla de órgãos.

Agora, dez anos depois, a história contada em sua última entrevista virou livro, Confissões de um torturador − A última entrevista do coronel Ustra (Insular). Segundo a autora, tanto a entrevista como o livro foram, sem dúvida, os trabalhos mais desafiadores que já fez como repórter, e o que a moveu foi uma sensação de dever histórico e jornalístico. “Em um país em que a lei da anistia, que garantiu a transição democrática, foi uma espécie de pacto de amnésia coletiva, é fundamental preservar a memória do período de ditadura. Lembrar para que não se repita, especialmente nesses tempos de flerte com o fascismo”, defendeu Cleidi, em conversa com o portal Coletiva.net.

Ela participará na próxima terça-feira (22/4) de uma sessão de autógrafos para o lançamento do livro no Bar da Associação Riograndense de Imprensa (av. Borges de Medeiros, 915, 8º andar), em Porto Alegre, a partir das 20 horas.

 

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