Fusão entre os FIIs RBRX11 e RBRF11? Gestor avalia união dos fundos

Bruno Nardo, sócio e gestor da RBR Asset, no programa Liga de FIIs. Foto:Reprodução.

A RBR Asset avalia, no longo prazo, a possibilidade de fusão entre dois de seus principais fundos: o RBRX11 (RBR Plus Multiestratégia Real Estate), e o RBRF11, (RBR Alpha Multiestratégia Real Estate). Uma proposta ainda dependeria de discussões com os cotistas, mas é vista como uma forma de ampliar a flexibilidade de gestão e acompanhar uma tendência crescente do mercado, afirma Bruno Nardo, sócio e gestor multiestratégia da gestora.

“Se os investidores entenderem que isso é positivo para os dois lados, a união pode fazer sentido no longo prazo. Teríamos um fundo com mandato mais ampliado e mais líquido. É algo que precisa ser conversado, mas é uma demanda que vem crescendo por parte dos próprios cotistas”, comentou o gestor no programa Liga de FIIs, do InfoMoney.

Atualmente, o RBRF está limitado a investir apenas em fundos imobiliários e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), enquanto o RBRX pode adquirir imóveis diretamente, ações de empresas do setor e até participar de estruturas de dívida mais sofisticadas, como operações de mezanino.

Nardo explicou que, no RBRF11, quando há uma tese promissora — como um portfólio de apartamentos residenciais para locação — a alternativa tem sido criar fundos exclusivos para viabilizar o investimento, o que pode aumentar custos e reduz a eficiência.

“O que a gente fez no Alpha foi montar um fundo exclusivo para comprar de 30% a 50% de três prédios, porque seria arriscado entrar num FII pequeno com baixa liquidez. O retorno pode ser bom no mundo real, mas o mercado secundário não reconhece isso. Já no RBRX11, poderíamos fazer essa alocação direta, sem a necessidade de estruturação adicional”, diz.

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Fusão dos FIIs ajudaria RBRX a enfrentar baixa liquidez

Apesar das vantagens do RBRX, Nardo reconhece que a baixa liquidez do fundo é um entrave. O fundo soma cerca de R$ 300 milhões de patrimônio líquido, mas possui uma base de investidores mais enxuta. “Esse é o grande defeito do RBRX hoje”, admiti. Neste contexto, ele acredita que a fusão com o RBRF — mais consolidado e líquido — poderia trazer benefícios para os cotistas de ambos os fundos.

“Eu diria que o RBRX é um FoF 2.0. Ele tem um mandato mais amplo, que nos permite investir diretamente em ativos imobiliários, sem depender exclusivamente de produtos listados na bolsa”, pontuou o gestor durante entrevista. “Isso amplia o horizonte e a capacidade de geração de valor ao longo do tempo.”

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