
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou neste sábado (19) um cessar-fogo temporário na Ucrânia em razão da Páscoa. A trégua, que começou às 18h (horário de Moscou, 12h em Brasília) e vai até a meia-noite de domingo (18h em Brasília), foi justificada por motivos humanitários.
“Hoje, das 18h até a meia-noite de domingo, a parte russa declara uma trégua de Páscoa”, afirmou Putin durante reunião televisionada com o chefe do Estado-Maior russo, Valeri Guerasimov. “Com base em considerações humanitárias, o lado russo anuncia uma trégua de Páscoa. Ordeno a suspensão de todas as atividades militares durante este período”.
Apesar do anúncio, Putin deixou claro que espera uma resposta positiva da Ucrânia e instruiu suas tropas a estarem prontas para reagir a qualquer possível ataque.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, respondeu rapidamente, destacando que as defesas aéreas do país continuavam ativas contra drones russos, o que, segundo ele, demonstra a real intenção de Moscou.
Enquanto isso, a comunidade internacional segue dividida sobre como lidar com o conflito. Na sexta-feira (18), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que pode desistir de mediar a guerra caso Rússia e Ucrânia dificultem um acordo. “Vamos passar [se não for possível a negociação]”, disse a repórteres.
Apesar da afirmação, Trump garantiu que os EUA não abandonariam completamente as negociações, mas alertou que a situação está chegando a um “ponto crítico”. Desde o início de seu mandato, o republicano afirmou que poderia resolver a guerra em 24 horas, mas até agora nenhum avanço significativo foi alcançado.

Um dia antes, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, havia sinalizado que o processo estava em um momento decisivo. “Decidir e determinar se isso é possível ou não. Se for, estamos dentro. Se não for, temos outras prioridades”, declarou após reunião em Paris com líderes europeus, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron.
A União Europeia teme que um eventual acordo de paz impulsionado pelos EUA possa beneficiar excessivamente a Rússia. Em resposta, o bloco anunciou medidas para fortalecer sua capacidade defensiva, aumentando investimentos militares.
Enquanto as discussões diplomáticas avançam, a violência no terreno persiste. No último domingo (13), forças russas realizaram um dos ataques mais letais contra civis desde o início da guerra, matando ao menos 34 pessoas em Sumi, cidade no nordeste da Ucrânia. O incidente reforça as dúvidas sobre a efetividade de tréguas temporárias em meio a um conflito que já dura anos.
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