
A freira francesa Geneviève Jeanningros, de 81 anos, que manteve uma relação próxima com o Papa Francisco (1936–2025), protagonizou um momento comovente ao quebrar o protocolo durante a cerimônia na Basílica de São Pedro, em Roma. Visivelmente emocionada, ela se aproximou do caixão do pontífice, onde permaneceu em silêncio por alguns minutos, com uma mochila verde às costas.
O episódio ocorreu pouco depois da chegada do corpo à Basílica. Auxiliada por um segurança, a religiosa foi conduzida até o cordão de isolamento e ficou ali por instantes. Durante o momento solene, levou as mãos ao rosto e chorou, expressando a dor pela perda de um amigo pessoal.
De acordo com o Vatican News, Geneviève pertence à Congregação das Pequenas Irmãs de Jesus e atualmente vive em um trailer nos arredores de Roma. Ela é sobrinha de Léonie Duquet, uma das freiras francesas sequestradas durante a ditadura militar argentina nos anos 1970. Léonie desapareceu durante a chamada “Guerra Suja”, período de intensa repressão sob o regime de Jorge Videla.
Guardas quebram o protocolo e permitem que Genevieve Jeanningros, freira e melhor amiga de Papa Francisco, se aproxime do caixão para uma despedida mais íntima. pic.twitter.com/kLpIryG0JF
— FOFOQUEI (@FOFOQUEl) April 23, 2025
A freira Geneviève lidera um projeto social dedicado ao acolhimento de pessoas transexuais na capital italiana. Seu trabalho com grupos marginalizados tem chamado atenção e já a levou a apresentar algumas das pessoas assistidas diretamente ao Papa Francisco, em encontros oficiais no Vaticano.
A relação entre Geneviève e o pontífice começou com uma carta que ela lhe enviou logo após sua eleição, na qual relembrava a história de sua tia, desaparecida durante a ditadura argentina. Desde então, os dois mantêm uma comunicação constante. Em uma audiência com artistas de rua, o papa chegou até a lhe desejar pessoalmente um feliz aniversário — um gesto que refletiu a proximidade entre ambos.
Geneviève também foi responsável por levar a Roma os familiares de um médico norte-americano que faleceu durante a pandemia de Covid-19 e teve seu funeral católico negado por ser homossexual. Com o apoio da freira, a família pôde se encontrar com o Papa Francisco, em um momento marcado por acolhimento e reconciliação.
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