
A Vale (VALE3) é uma das primeiras companhias a divulgar seus números do primeiro trimestre de 2025 (1T25).
De acordo com a média de analistas consultados pela LSEG, a mineradora deve registrar um lucro de US$ 1,588 bilhão no 1T25, revertendo prejuízo de US$ 694 milhões no 4T24 e levemente abaixo do US$ 1,679 bilhão no 1T24 (queda de 5,4%).
A projeção é de uma receita US$ 8,03 bilhões nos primeiros três meses do ano, também uma queda de 5% na base anual. Já para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), a expectativa é de um número de US$ 3,163 bilhões, estável na comparação anual.
Na visão do Itaú BBA, o resultado da Vale deve mostrar uma desaceleração frente ao trimestre anterior tanto na divisão de ferrosos quanto na de metais básicos.
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O banco estima uma queda trimestral de 22% no Ebitda, para US$ 3,2 bilhões, explicada por volumes menores e custos mais altos. Além disso, acredita que o prêmio sobre o minério de ferro exportado pode diminuir. A projeção é de lucro de US$ 1,1 bilhão no 1T25, enquanto a de receita líquida é de US$ 8,2 bilhões.
A Genial Investimentos aponta que os números do trimestre da Vale tenham sido influenciados por efeitos exógenos (clima, licenciamento e restrições logísticas).
A casa de research avalia que a estratégia comercial da Vale segue sendo executada, priorizando qualidade, redução de exposição a produtos de menor valor e otimização do portfólio — mesmo num ambiente de prêmios pressionados e demanda global mais incerta.
Para a equipe de análise da casa, a projeção é de receita líquida em US$ 8,3 bilhões, como reflexo da surpresa positiva de embarques de finos.
Portanto, ainda que os preços realizados tenham seguido pressionados, a dinâmica de desestocagem a um ritmo mais intenso do que o aguardado compensou a retração no preço realizado vs. as nossas estimativas prévias. Após a prévia do 1T25, o Ebitda ajustado em seu modelo é de US$ 2,8 bilhões.
O BTG Pactual, de forma geral, espera que a Vale entregue um resultado pouco empolgante no 1T25 (Ebitda próximo de US$ 3,2 bilhões), com 2025 sendo um ano de transição operacional.
Ao falar após a divulgação dos dados operacionais do 1T25, com números de produção e vendas do período e somando 67,7 milhões de toneladas de minério de produção, o banco destacou que ele veio amplamente em linha com as suas (baixas) expectativas, marcado por uma fraqueza sazonal na produção, mas nada que comprometa a capacidade da empresa de cumprir sua meta de produção de minério de ferro para 2025 (cerca de 330 milhões de toneladas).
A produção caiu tanto em relação ao 1T24 quanto ao 4T24, refletindo um volume de chuvas acima da média no período e, possivelmente, algumas questões já esperadas com licenciamento e manutenção. Ainda assim, aproveitando sua estratégia de gestão de estoques, a Vale conseguiu aumentar os embarques em 3,6% ano a ano (66,1 Mt), embora tenham caído 18,5% trimestre a trimestre.
Em relação a preços, o trimestre foi negativamente impactado por prêmios mais fracos tanto para finos quanto para pelotas, puxados pela menor disponibilidade de minério do Sistema Norte, bem como pela falta de apetite (e margens) da China para pagar por qualidade.
“Dito isso, vemos como sensata a estratégia da Vale de priorizar o mix de produtos e a dinâmica de preços realizados, embora acreditemos que o mercado ainda necessita de maior visibilidade. Adicionalmente, o segmento de metais básicos apresentou volumes levemente acima das nossas estimativas, com embarques de cobre e níquel superando as projeções em 2%, mas sem impacto relevante”, aponta.
O banco, apesar de continuar a ver avanços na tese micro da companhia — tanto operacionalmente quanto em relação à mitigação de riscos importantes nos últimos meses —, tem visão cautelosa sobre o cenário de minério de ferro e sustenta recomendação neutra.
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