
Para os jornalões, todo deslize e todo delito que acontecem nos ministérios envolvem “o ministro de Lula”. Juscelino Filho, das Comunicações, era “ministro de Lula”, mesmo que tenha sido denunciado pela PGR por desvios de emendas, como deputado, e não como ministro.
Malu Gaspar informa hoje no Globo: “Novo ministro de Lula está na mira da Justiça pernambucana por improbidade”.
A colunista diz que Frederico de Siqueira Filho, atual presidente da Telebras e futuro ministro das Comunicações do governo Lula, é alvo de uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público de Pernambuco.
Mas já está carimbado, antes de assumir, como ministro de Lula. Porque todos os nomes da direita, acomodados no governo, viram ministros de Lula, quando em situações desfavoráveis.
Mas quando algo de ruim acontece em São Paulo, com delitos graves, a manchete fica assim, como essa de hoje do Estadão:
“PM de SP compra colete à prova de balas que falhou em teste de segurança; custo é de R$ 33 milhões”

Para o jornal, quem comprou os coletes que furam foi a PM de São Paulo, não foi o governo de Tarcísio de Freitas. Vai sobrar para algum subalterno, e não será nem mesmo o secretário de Segurança, Guilherme Derrite.
A manchete correta, seguindo o modelo dos jornalões, ficaria assim:
“Governo de Tarcísio de Freitas compra colete à prova de balas que falhou em teste de segurança; custo é de R$ 33 milhões”
Em outra versão, do mesmo modelo, poderia ficar com essa formulação:
“Secretário de Tarcísio compra colete à prova de balas que falhou em teste de segurança; custo é de R$ 33 milhões”
Mas os nomes de Tarcísio e Derrite não aparecem na reportagem. Por que não aparecem? Será que o repórter Vinícius Valfré citou os dois no texto, e os nomes foram cortados depois, na hora da edição?
Os jornais da direita, agora sequestrados pela extrema direita, são muito cuidadosos.
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