
A mais recente “trend” de emagrecimento nas redes sociais é sobre o psyllium, uma fibra alimentar extraída da casca das sementes da planta Plantago ovata. A fibra ganhou popularidade por ser considerada uma alternativa natural e de baixo custo aos medicamentos à base de semaglutida, como Ozempic e Wegovy.
Essa comparação se deve ao fato de que o psyllium também promove saciedade e pode ajudar na redução da ingestão calórica.
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No entanto, os mecanismos de ação são diferentes e, o mais importante: o psyllium não substitui os medicamentos indicados para o tratamento da obesidade ou diabetes.
Como funciona?
O psyllium é composto por fibras solúveis, que têm a capacidade de absorver água e formar uma substância gelatinosa no intestino. Esse processo retarda o esvaziamento gástrico, contribuindo para uma sensação prolongada de saciedade. Por conta dessa propriedade, ele é frequentemente indicado por nutricionistas em dietas voltadas para o controle do apetite e do consumo de açúcar.
Além disso, o psyllium pode auxiliar no controle glicêmico, especialmente em pessoas com pré-diabetes ou diabetes tipo 2, pois diminui a velocidade de absorção dos carboidratos e reduz a sobrecarga do pâncreas na produção de insulina.
Com a popularidade das canetas emagrecedoras, como Ozempic e Wegovy, o psyllium ganhou destaque nas redes sociais por seu efeito semelhante em relação à saciedade. No entanto, é importante ressaltar que o psyllium não contém semaglutida, o princípio ativo desses medicamentos.
A semaglutida atua diretamente em receptores do cérebro relacionados à fome e à saciedade, além de influenciar a secreção de insulina e o esvaziamento gástrico por vias hormonais, o que difere do mecanismo de ação do psyllium.
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Riscos e contraindicações
Embora o psyllium seja considerado seguro, ele não é indicado para todos. As contraindicações incluem crianças menores de seis anos, pessoas com hipersensibilidade à Plantago ovata, indivíduos com distúrbios gastrointestinais ou dificuldades no controle do diabetes. Nesses casos, o consumo deve ser evitado sem orientação profissional.
Além disso, o uso da fibra exige uma boa hidratação para evitar efeitos colaterais, como constipação e desconforto abdominal. Quando consumido em excesso ou sem a ingestão adequada de água, o psyllium pode agravar quadros de intestino preso ou até causar obstruções intestinais.
Como incluir na dieta
A forma mais comum de consumo do psyllium é diluir uma colher de sopa em um copo de água, ingerindo imediatamente antes das principais refeições. Para quem prefere variar, a fibra pode ser adicionada a vitaminas de frutas, iogurtes ou até mesmo incorporada em receitas, como omeletes.
É importante destacar que, embora o psyllium seja um complemento útil na alimentação, ele não é uma solução mágica para o emagrecimento. Seu uso deve ser equilibrado e integrado a uma dieta saudável e a um controle calórico adequado.
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