Desde a redemocratização do Brasil, em 1985, três ex-presidentes foram presos, e outros enfrentam processos judiciais que podem resultar em detenção. A prisão mais recente foi a de Fernando Collor de Mello, nesta sexta-feira, 25 de abril de 2025, condenado a oito anos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro relacionados à Petrobras. El País
Além de Collor, outros ex-presidentes enfrentaram acusações criminais ou foram processados judicialmente. Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, embora as condenações tenham sido posteriormente anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A análise dos casos revela que todos os presidentes pós-1985, exceto Fernando Henrique Cardoso, enfrentaram acusações criminais ou foram processados judicialmente. A tendência de responsabilização penal dos ex-mandatários do país tem se consolidado nos últimos anos, refletindo uma maior vigilância e ação do sistema judiciário brasileiro.
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Confira abaixo um resumo detalhado sobre cada presidente do Brasil desde a redemocratização, com foco nos que foram presos ou que respondem a processos judiciais:
- José Sarney (1985–1990)
Situação judicial: Nunca foi preso.
Acusações: Sarney foi citado em diversas investigações, como a Operação Lava Jato, mas nunca chegou a ser indiciado ou condenado.
Status atual: Não responde a processos criminais. - Fernando Collor de Mello (1990–1992)
Situação judicial: Preso em 2025, condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Contexto: Foi o primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura. Renunciou em 1992 para evitar o impeachment. Em 2023, foi condenado pelo STF por crimes ligados à BR Distribuidora (Petrobras).
Status atual: Preso e inelegível. - Itamar Franco (1992–1995)
Situação judicial: Nunca foi preso.
Acusações: Não há registro de envolvimento em escândalos ou processos criminais.
Status atual: Faleceu em 2011 com reputação pública ilesa. - Fernando Henrique Cardoso (1995–2002)
Situação judicial: Nunca foi preso.
Acusações: Apesar de críticas e alegações políticas sobre sua gestão, nunca respondeu a processo criminal.
Status atual: Livre de acusações formais. - Luiz Inácio Lula da Silva (2003–2010; 2023–presente)
Situação judicial: Preso entre abril de 2018 e novembro de 2019.
Contexto: Foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá, no âmbito da Operação Lava Jato. As condenações foram anuladas pelo STF por entender que o juiz Sergio Moro foi parcial.
Status atual: Em exercício do mandato e elegível. - Dilma Rousseff (2011–2016)
Situação judicial: Não foi presa.
Acusações: Sofreu impeachment em 2016 por manobras fiscais (pedaladas), mas não por crime comum. Já foi mencionada em delações, mas não foi formalmente acusada.
Status atual: Livre, sem processos criminais em curso. - Michel Temer (2016–2018)
Situação judicial: Preso preventivamente em 2019, solto dias depois.
Acusações: Acusado de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, em casos envolvendo a Eletronuclear.
Status atual: Responde a processos, mas em liberdade.


- Jair Bolsonaro (2019–2022)
Situação judicial: Réu em várias ações e sob risco de prisão.
Acusações: Alvo de investigações por tentativa de golpe de Estado, falsificação de cartões de vacinação e interferência na PF.
Status atual: Inelegível até 2030 e réu em processo que pode levá-lo à prisão, caso condenado.
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