Reserva: Após quase 14 anos, Açude Orós volta a sangrar no Ceará e renova esperança de milhares Reservatório, fundamental para a segurança hídrica do Estado, não registrava sangria desde 2011

O Açude Orós, localizado no município de mesmo nome, a 342 quilômetros de Fortaleza, voltou a sangrar neste sábado, 26 de abril, por volta das 22h17min, após quase 14 anos. O fenômeno, registrado por moradores em vídeos e postagens nas redes sociais, representa esperança para milhares de cearenses que dependem do reservatório para abastecimento e subsistência.

Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), nos últimos 20 anos o Orós registrou sangria apenas em três ocasiões: 2008, 2009 e 2011. Após esse período, o máximo de volume armazenado havia sido 84,4% em abril de 2012. A pior fase ocorreu entre janeiro e março de 2020, quando o açude operou com menos de 5% de sua capacidade, refletindo a gravidade da estiagem no Ceará.

Graças às fortes chuvas de 2025, o cenário mudou. O reservatório saltou de 58,6% de capacidade em 1º de janeiro para 88,8% em 25 de abril, um aumento de quase 30%.

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A importância histórica e estratégica do Açude Orós para o Ceará

Construído entre as décadas de 1910 e 1960, o Açude Orós é o segundo maior reservatório do estado, com capacidade para armazenar até 1,612 bilhão de metros cúbicos de água, ficando atrás apenas do Castanhão. Sua função é vital para o abastecimento de cidades, comunidades rurais e para a irrigação agrícola, principalmente em períodos de seca prolongada.

Durante a construção, em 1960, o açude sofreu um grave rompimento parcial, liberando bilhões de metros cúbicos de água no Rio Jaguaribe e impactando cerca de 70 mil pessoas. O episódio levou o então presidente Juscelino Kubitschek a visitar a região e acelerar a retomada das obras.

Hoje, o Orós integra o sistema hídrico que abastece a Região Metropolitana de Fortaleza e demais municípios, funcionando como um regulador essencial em épocas de estiagem ou abundância.

Outros açudes do Ceará também registram sangria em abril

Além do Orós, vários açudes do Ceará sangraram em abril de 2025, como o Acaraú Mirim (Massapê), Forquilha (Forquilha), Sobral (Sobral), São Vicente (Santana do Acaraú) e Caldeirões (Saboeiro), entre outros. A recuperação dos reservatórios traz alívio e esperança para a população e para o setor agrícola.


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