Na última sexta-feira, o dólar à vista encerrou o pregão com leve baixa de 0,05%, cotado a R$ 5,6903, marcando a sexta sessão consecutiva de desvalorização frente ao real. No acumulado da semana, a moeda americana recuou 2,01%, enquanto em abril registra queda de 0,29%. Esse movimento contrastou com o fortalecimento do dólar frente a outras moedas no exterior, influenciado por sinais de alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, após informações de que o governo chinês considera suspender a tarifa de 125% sobre algumas importações dos EUA. No cenário doméstico, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,43% em abril, abaixo da alta de 0,64% registrada no mês anterior, acumulando 2,43% no ano e 5,49% em 12 meses, o que reforça a perspectiva de uma elevação da taxa Selic na próxima reunião do Banco Central.
Para os traders de minidólar, o ambiente permanece volátil, exigindo atenção aos desdobramentos das negociações comerciais entre as maiores economias do mundo e aos indicadores econômicos locais. Para hoje, é fundamental monitorar as declarações de autoridades econômicas e os indicadores macroeconômicos, ajustando as estratégias de negociação para aproveitar as oportunidades e mitigar os riscos em um mercado sensível a fatores externos e internos.
Já o dólar futuro, depois de cinco sessões consecutivas de queda, os contratos de minidólar (WDOK25), com vencimento em maio, fecharam a última sexta-feira com leve alta de 0,05%, cotados a 5.691,5 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos
No 15 minutos, a leve alta da última sessão recolocou o minidólar acima das médias de 9 e 21 períodos, um movimento importante para tentar estabilizar o preço após uma sequência de cinco baixas. Para confirmar a continuidade da recuperação, será fundamental superar a faixa de resistência dos 5.694/5.700 pontos. Caso consiga esse rompimento com volume, o ativo poderá buscar novas resistências em 5.709/5.728,5 pontos, com alvo mais longo na região de 5.741/5.753 pontos.
Se, no entanto, o ativo não conseguir superar a resistência e perder o suporte nos 5.686/5.669 pontos, o fluxo vendedor pode voltar a se intensificar, mirando os suportes em 5.654/5.641 e posteriormente em 5.622/5.600 pontos.
Pelo gráfico diário, a sessão anterior deixou um candle de leve alta, mas a estrutura geral permanece fraca, com o minidólar negociando abaixo das médias móveis e ainda distante de qualquer configuração de reversão clara. O IFR (14) segue em 40,29 pontos, uma faixa neutra, indicando que ainda há espaço para oscilações tanto para cima quanto para baixo.
Caso o ativo supere a máxima da última sessão, poderá buscar um repique técnico rumo à região das médias, com possível alvo em 5.712 pontos e, mais adiante, em 5.767 pontos. Para retomar o movimento de baixa que dominou a semana passada, será necessário romper a mínima em 5.664 pontos, o que abriria espaço para quedas até 5.619,5 pontos.
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Dólar futuro (WDOK25): Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, o minidólar fechou a sessão anterior com viés positivo e conseguiu recuperar terreno acima das médias de 9 e 21 períodos, embora essas médias ainda apresentem inclinação descendente, sinalizando cautela.
Para que o ativo siga com o fluxo de alta, será essencial romper a resistência dos 5.699/5.728,5 pontos. Caso este rompimento aconteça, os próximos alvos de resistência ficam em 5.753/5.787 pontos e, em extensão, em 5.810/5.813 pontos.
Por outro lado, caso o ativo perca novamente a força e rompa o suporte em 5.664/5.641 pontos, o fluxo vendedor tende a ser renovado, mirando inicialmente os 5.622/5.600 pontos e, em movimentos mais prolongados, 5.584/5.560 pontos.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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