LISBOA – O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, afirmou nesta terça-feira (29) que solicitará a apuração das causas do apagão que afetou diversos serviços públicos no país na segunda-feira (28). Autoridades e companhias de energia descartaram que tenha havido ataque cibernético ou evento climático, e reforçaram que o incidente começou na Espanha.
Em pronunciamento feito em Lisboa, ao lado de quatro ministros, Montenegro disse que Portugal está “preparado para viver dias bons e dias menos bons” e elogiou o trabalho de bombeiros, Forças Armadas, serviços de saúde, transporte público e autoridades locais no enfrentamento da crise.
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Além da auditoria, o governo português anunciou como medidas na sequência do episódio:
- Comissão de especialistas: sete nomes serão indicados, incluindo especialistas em energia, proteção civil, sistemas de comunicação, saúde e três representantes escolhidos pela Assembleia da República;
- Crise energética: não haverá prorrogação ou agravamento da declaração de crise;
- Prazos fiscais prorrogados: obrigações com vencimento na segunda-feira (28) foram estendidas até quarta-feira (30);
- Voto antecipado: prazo de inscrição para doentes internados e presos também foi estendido. Portugal terá eleições no dia 18 de maio;
- Transporte liberado: circulação de veículos pesados será permitida no fim de semana prolongado;
- Fortalecimento de resposta elétrica: ampliação da função de “black start” nas centrais energéticas.
“Estamos muito empenhados em tirar todas as ilações sobre as causas e as respostas do que aconteceu. Estamos totalmente disponíveis para colaborar com a auditoria europeia”, disse Montenegro.
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