Vale considera cenário desafiador para níquel e avalia até hibernação, diz CEO

Placa com logo da Vale na entrada da mina Fábrica Nova, em Mariana (MG)

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Vale (VALE3) está estudando alternativas para seu portfólio de níquel, incluindo venda, formação de parcerias ou hibernação de ativos, visto que o mercado enfrenta um cenário desafiador de curto prazo, afirmou o presidente-executivo da mineradora, Gustavo Pimenta, nesta terça-feira.

Pimenta disse a jornalistas durante evento no Rio de Janeiro que o mercado está com excesso de oferta devido à produção da Indonésia.

“O importante é trabalhar na eficiência interna dos nossos ativos, reduzir custos, ser mais eficiente e melhorar a alocação de capital para que a gente possa ter um ‘business’ rentável minimamente dentro dos preços atuais”, disse Pimenta.

“Estamos avaliando se alguns desses ativos do portfólio têm alguma alternativa estratégica… estamos abertos a diferentes alternativas, como buscar sócio, parceiro, vender ou ‘care and maintenance’ (hibernar)”, acrescentou.

Segundo ele, o mercado de níquel continua atraente no médio e longo prazos, devido à demanda adicional das baterias dos carros elétricos, que “segue crescendo”, mas a questão é como permanecer lucrativo no curto prazo.

O executivo reforçou também que a produção de minério de ferro em abril já começou a reverter a queda vista no primeiro trimestre, após chuvas excessivas impactarem as atividades.

Ele disse estar “muito otimista” de que a empresa vai atingir seu guidance de produção de minério de ferro em 2025.

Pimenta também afirmou que, se a produção de concorrentes como a Rio Tinto ficar abaixo da expectativa, a Vale poderia retornar ao posto de líder global.

Se a Vale atingir o ponto mais alto de sua estimativa, de 325 milhões a 335 milhões de toneladas neste ano, poderia se aproximar do volume previsto pela Rio Tinto, que vai de 323 milhões a 338 milhões de toneladas — nível que exclui um volume de até 11,4 milhões das operações canadenses da empresa australiana.

“Vai depender de nossos concorrentes, se eles não entregarem, a gente chega lá”, disse Pimenta.

A Vale já foi a maior produtora global de minério de ferro, mas o nível de produção foi reduzido desde que a empresa sofreu com os desdobramentos das quedas de barragens, como em Brumadinho (MG).

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