Laryssa Summer, analista de varejo da XP, participou nesta quarta (30) do Morning Call da XP e explicou que a “notícia geral é de que a temporada (de resultados do 1° trimestre de 2025) vai ser melhor do que a gente esperava inicialmente”.
“No final do ano passado, a gente tinha uma expectativa de o que o macro ia começar a bater na demanda das varejistas de nossa cobertura”, disse.
“E a gente viu que essa tendência ao longo do trimestre foi melhorando, foi mostrando mais resiliência”, complementou. “Por isso, achamos que a temporada vai ser melhor do que a gente tinha inicialmente”, destacou.
No âmbito do consumo discricionário (bens não essenciais), do lado do vestuário de média e baixa renda, que são as lojas de departamentos, a analista aponta esperar que as empresas reportem no 1° trimestre de 2025 um crescimento ainda muito sólido de receita.
Margens
“Essa resiliência de demanda está bem refletida nos resultados e dinâmicas de margens, tratando aqui também de iniciativas internas de diluição de despesas”, comentou.
Já nos players de alta renda, Laryssa Summer vê ainda uma pressão de margens. “Então, nesse caso, a gente não coloca esse segmento como destaque positivo”, afirmou.
Segundo a analista, o segmento de alta renda já vinha com aperto de margem nos trimestres passados e isso deve persistir nesse trimestre.
Sobre o mercado de e-commerce, ela também aponta que os resultados no primeiro do ano devem ser um pouco mais fracos dado que as companhias aqui no Brasil priorizam margens em relação ao crescimento.
“No varejo alimentar, tem um ponto mais particular: ano passado a Páscoa foi no primeiro trimestre. Esse ano, no segundo. Esse efeito calendário impacta consideravelmente as vendas desses varejistas. Isso não significa que vai ter pressão de margem. A gente vê, ao contrário, expansão de margem e isso é um indício positivo”, ressaltou.
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