
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a fazer ataques ao Partido dos Trabalhadores (PT) em publicação feita nesta quinta-feira (2) na rede social X (antigo Twitter). Ele criticou a falta de apoio da bancada petista a dois projetos que ganharam destaque no Congresso: o pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar fraudes no INSS e o requerimento de urgência para votação da anistia a condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023.
“O PT sempre está do lado do mal”, escreveu Bolsonaro. A publicação foi acompanhada de uma imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segurando a bandeira do partido, com a legenda “protetores de criminosos”.

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O requerimento para abertura da CPI do INSS foi apresentado pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e obteve apoio de parlamentares de 13 partidos, incluindo MDB, PSD, União Brasil, PP, Podemos e PSDB. Nenhum dos 68 deputados federais do PT assinou o pedido, que ultrapassou as 171 assinaturas necessárias e aguarda decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
No mesmo tom, Bolsonaro também cobrou apoio ao Projeto de Lei que prevê anistia para os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, em janeiro de 2023. O requerimento de urgência para votação do texto já conta com pelo menos 264 assinaturas — número suficiente para pautá-lo em plenário. No entanto, Hugo Motta ainda não definiu data para votação, apesar da pressão crescente de deputados da oposição.
PT evita associação à pauta bolsonarista e defende punição aos envolvidos no 8/1
A ausência do PT nos dois movimentos legislativos é interpretada como estratégia política para evitar vinculação com pautas mobilizadas pela direita bolsonarista, especialmente em um momento de intensificação dos processos judiciais no STF contra os réus do 8 de Janeiro. A base governista também tem interesse em preservar o desgaste da oposição diante da nova crise institucional envolvendo fraudes no INSS, alvo de operação da PF e da Controladoria-Geral da União.
Internamente, o governo já sinalizou apoio à devolução dos valores descontados dos aposentados, mas tem resistido à abertura de uma CPI, que poderia se transformar em palco político para ataques ao Planalto, especialmente com o avanço das investigações que envolvem ex-gestores ligados ao governo anterior.
No caso do projeto de anistia, a linha adotada por integrantes do PT é de que não haverá anistia para quem atentou contra a democracia — especialmente os mandantes e financiadores do 8 de Janeiro.
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