Adolescente de 16 anos mata pais adotivos a marteladas e depois ateia fogo aos corpos, no RJ

Um adolescente de 16 anos foi apreendido depois que ligou para a Polícia Militar e confessou que matou os pais adotivos a marteladas, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Depois de cometer os crimes, o garoto disse que saiu para tomar lanche com um amigo e, na volta, decidiu queimar o quarto onde estavam as vítimas.

O caso aconteceu na noite de quinta-feira (23), na Estrada da Ligação. Os policiais militares foram até a residência após a ligação do garoto, já na madrugada desta sexta-feira (24), e encontraram os corpos dos pais carbonizados. As vítimas foram identificadas como Cláudio Pinheiro e Mariana Valente, ambos de 58 anos.

O adolescente disse em depoimento que decidiu matar os pais depois que eles tiveram uma briga. Os responsáveis não queriam que o garoto faltasse na escola, mas ele queria descansar para uma aula de de jiu-jítsu.

Assim, ele disse que matou Cláudio e Mariana a marteladas. Na sequência, saiu com o amigo para tomar o lanche. Quando retornou, colocou os corpos das vítimas no segundo andar da residência e ateou fogo ao quarto.

O Corpo de Bombeiros também foi chamado e controlou as chamas. Já nesta manhã, a Policia Civil fez uma perícia no local e encaminhou os corpos para o Instituto Médico Legal (IML).

O adolescente vivia com os pais adotivos desde 2014. Ele teria outros três irmãos biológicos, mas cada um foi adotado por uma família diferente.

Caso semelhante em SP

Um crime bem semelhante ocorreu na Vila Jaguara, na Zona Oeste de São Paulo, na última sexta-feira (17). Um adolescente de 16 anos foi apreendido ao confessar que matou os pais e a irmã adotivos a tiros, depois que teve o celular confiscado pelos responsáveis.

O menor contou em depoimento que primeiro ele matou o pai, Isac Tavares Santos, de 57 anos, e em seguida ele pretendia matar a mãe, Solange Aparecida Gomes, de 50, mas a mulher estava trabalhando e só chegaria em casa horas mais tarde.

Como a irmã, Letícia Gomes Santos, de 16, estava na residência e o questionou sobre a morte do genitor, ele também precisou matá-la, pois ela poderia pedir socorro. Apesar disso, ele reafirmou que tinha um bom relacionamento com Letícia e que gostava dela.

Imagens de câmeras de segurança mostram o adolescente indo tranquilamente a uma padaria um dia após os crimes (assista abaixo). O vídeo mostra ele caminhando pela rua, entrando no comércio e, após comprar produtos, fez o pagamento em dinheiro e voltou para casa. Lá, estavam os corpos das vítimas.

A frieza do menor ao detalhar como assassinou a família intrigou os investigadores, que querem que ele seja submetido a um exame de sanidade mental.

“É preciso fazer um exame de rigidez mental? Sem dúvida. Para saber se o garoto estava em sã consciência porque nós também utilizamos o critério biológico para o menor de idade. Então, é um critério para política criminal. Leva-se em consideração o momento mental do adolescente, isso tudo tem que ser analisado, sem dúvida, com muita seriedade. O Ministério Público fará isso e vamos aguardar o laudo”, disse o delegado ao G1.

Afonso explicou que, se for confirmado que o adolescente sofre de algum transtorno ou insanidade, ele poderá ficar internado por tempo indeterminado.

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