VÍDEO: Ministro de Guerra deixa governo de Israel e diz que Netanyahu está “impedindo vitória”

Benny Gantz, ex-ministro de Guerra de Israel. Foto: reprodução

Neste domingo (9), Benny Gantz deixou o gabinete de guerra de Israel e deixou o governo de emergência liderado por Benjamin Netanyahu. A renúncia aconteceu um dia após a operação das Forças de Defesa de Israel (FDI) que resgatou quatro reféns israelenses em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza. No entanto, a operação resultou na morte de outros três reféns, incluindo um cidadão dos Estados Unidos, segundo o grupo Hamas.

“Netanyahu está nos impedindo de avançar rumo a uma verdadeira vitória. É por isso que estamos deixando o governo de emergência hoje, com o coração pesado, mas com plena confiança”, declarou Gantz em uma coletiva de imprensa televisionada. O gabinete de guerra era composto pelo primeiro-ministro Netanyahu, o ministro da Defesa Yoav Gallant, e Gantz, ex-comandante das Forças Armadas de Israel.

Gantz também criticou a falta de decisões estratégicas e acusou Netanyahu de hesitação devido a considerações políticas. Anteriormente, ele havia ameaçado retirar seu partido da União Nacional (centro-direita) do governo caso Netanyahu não apresentasse um plano claro para o resgate dos reféns e para o futuro dos ataques contra o Hamas na Faixa de Gaza.

Em resposta, o primeiro-ministro sionista pediu que Gantz permanecesse. “Devemos permanecer unidos. Não desistam da unidade”, disse. “Israel está em uma guerra existencial em várias frentes. Benny, agora não é hora de abandonar a luta, é hora de unir forças”.

A saída da União Nacional, única força de centro na coalizão de direita de Netanyahu, reduziu o número de cadeiras do governo na Assembleia Legislativa, o Knesset, para 64 dos 120 totais, mantendo ainda uma maioria.

Nas últimas semanas, Israel enfrentou pressão internacional devido ao massacre de palestinos, como a invasão a Rafah, no sul de Gaza, que abrigava mais de um milhão de refugiados palestinos e resultou em mais um deslocamento em massa.

Durante a operação de sábado (8), 247 palestinos morreram e 698 ficaram feridos, alguns gravemente, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas. No final de maio, um bombardeio israelense em Rafah causou um incêndio que matou pelo menos 45 palestinos em um acampamento de refugiados.

Em meio a negociações por um cessar-fogo que envolvem troca de reféns, Gantz expressou apoio ao acordo proposto pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que atua como intermediador junto a Egito e Catar. “Exijo que o primeiro-ministro mostre a coragem necessária para apoiá-lo e faça tudo para fazê-lo avançar”, disse o ex-ministro de Guerra.

Netanyahu, enfrentando pressão política interna e buscando reeleição, tem rejeitado acordos de cessar-fogo, optando por mais ações militares para alcançar uma “vitória total” sobre o Hamas. Na sexta-feira (24), a Corte Internacional de Justiça, o tribunal mais alto da ONU para disputas entre Estados, ordenou que Israel interrompesse todas as operações militares em Rafah.

“Peço perdão. Fizemos muito, mas falhamos. Não conseguimos fazer com que muitos dos reféns voltassem para casa. A responsabilidade por isso também é minha. Eu apoio o plano que decidimos no gabinete de guerra, apresentado pelo presidente Biden, e exijo do primeiro-ministro a coragem necessária para apoiá-lo e promovê-lo”, disse Gantz aos familiares de reféns.

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