Filarmônica e Grupo Corpo voltam a se reunir na Sala Minas Gerais

De 4 a 6 de julho, a Orquestra e o Grupo Corpo dividem o palco para apresentar, mais uma vez, “Estância”, do argentino Alberto Ginastera

Uma ótima notícia para quem perdeu o encontro entre a Filarmônica de Minas Gerais e o Grupo Corpo, ocorrido em agosto de 2023, na Sala Minas Gerais. De 4 a 6 de julho, às 20h30, no mesmo espaço, as duas partes voltam a se encontrar no palco para, mais uma vez, apresentar “Estância”, do compositor argentino Alberto Ginastera (1916-1983). A regência será do maestro Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular da Filarmônica de Minas Gerais. O espetáculo tem coreografia de Rodrigo Pederneiras e direção artística de Paulo Pederneiras. Solo do barítono Vinicius Atique. 

Na verdade, o balé foi uma encomenda da Filarmônica de Los Angeles ao Grupo Corpo, que o estreou em julho de 2023, no Hollywood Bowl, com a regência do maestro Gustavo Dudamel. Em agosto, houve a apresentação em BH, no bojo das comemorações dos 15 anos da Filarmônica. Já no mês passado, o espetáculo foi mostrado em São Paulo, desta vez com a Osesp. E, agora, retorna ao palco da Sala Minas Gerais com a Filarmônica de Minas Gerais. A venda dos ingressos será aberta nesta quinta, 13 de junho.

Parceria

Vale lembrar que, antes de “Estância” em 2023, a Filarmônica e o Grupo Corpo já estiveram juntos na gravação da trilha do balé “Dança Sinfônica”. Ela foi criada por Marco Antônio Guimarães para as comemorações dos 40 anos do grupo, em 2015. Aliás, a obra “Dança Sinfônica”, que integra o álbum gravado com a Orquestra, também está no programa. A novidade para este novo encontro, de 2024, é a obra “Danzón nº 2”, de Arturo Márquez, que, no entanto, será executada somente pela Orquestra.   

Mechetti

Para Fabio Mechetti, no ano passado, a união das duas instituições culturais produziu uma resposta incrível. “Desse modo, o sucesso nos fez pensar em abrir nossas agendas para, mais uma vez, oferecer ao público mineiro a oportunidade de ver o Grupo Corpo e a Filarmônica juntos. Será um grande prazer voltar a receber, na Sala Minas Gerais, este maravilhoso grupo, num repertório que mostra toda a potencialidade, técnica e artística, de maneira inigualável.”

Pederneiras

Guiado, como sempre, pela música, Rodrigo Pederneiras engendrou uma coreografia disposto a vencer o desafio da limitação de espaço no palco pela presença da orquestra. “Embora a peça seja narrativa, o balé não segue a linha figurativa. Temos toda a companhia dançando, com cenas de tutti e, também, solos, pas-de-deux e grupos menores”, conta o coreógrafo do Grupo Corpo. O lirismo e os sons da terra e da natureza, encerrando com o malambo, vigorosa dança típica dos pampas, marcam as quatro cenas do balé.

Os figurinos evocam as cores da terra e as formas emblemáticas da cultura dos Pampas, como os ponchos. Vale dizer que Rodrigo Pederneiras morou na Argentina, em sua juventude, e, assim, tem grande proximidade com a música de Ginastera. “É uma peça muito conhecida, principalmente na Argentina. Sempre gostei muito dela”.

Ginastera

O argentino Alberto Ginastera compôs a música para balé “Estância” em 1941, a pedido de Lincoln Kirstein para seu Ballet Caravan – mas a companhia se dissolveu antes da montagem do espetáculo. Argumento, cenas e a textura da obra derivam do poema Martin Fierro, de José Hernandez, escrito em 1870, no embalo do nacionalismo encarnado na figura do “gaúcho” e em repúdio à degradação da vida rural provocada pelas mudanças políticas. O poema aborda a luta pela manutenção da cultura gaúcha, usando um estilo ao mesmo tempo bem-humorado e combativo.

A coreografia de Pederneiras, para o Grupo Corpo, faz referências pontuais aos bailados da região, mas passa longe do figurativo e do narrativo que inspirou a história, a de um rapaz que se prova merecedor do afeto da jovem camponesa. Tal qual, o empenho do moço em provar habilidades como cavaleiro e dançarino. O enredo original do balé segue a vida do gaúcho ao longo de um único dia. Para Ginastera, esse arco – 24 horas -, com suas transformações sociais e naturais, une homem e paisagem.

Serviço

Filarmônica e Grupo Corpo em concerto

De 4 a 6 de julho – quinta a sábado, às 20h30

Sala Minas Gerais

Ingressos

Plateia central, Balcão Principal, Balcões laterais e Mezanino: R$ 280 (inteira) e R$ 140 (meia)

Terraço: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)

Balcão Palco e Coro: R$ 39,60 (inteira)

Ingressos à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais, a partir do dia 13 de junho, às 10h (site) e às 12h (bilheteria).

Informações: (31) 3219-9000 ou no já citado site

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto: 3ª a 6ª — 12h a 20h; sábado, das 12h às 18h 

Em dias de concerto: 12h às 22h, quando o concerto é durante a semana. De 12h às 20h, quando o concerto é no sábado. De 9h às 13h, quando o concerto é no domingo.

São aceitos: Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa ou Pix

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