Mauro Cid passa mal e desmaia em depoimento no STF ao saber que seria preso

O tenente-coronel, Mauro Cid, depõe na CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal (Antônio Cruz/Agência Brasil)

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi preso novamente nesta sexta-feira (22), por descumprir medidas cautelares e tentar obstruir a Justiça.

Segundo informações dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo e da CNN Brasil, Cid passou mal e desmaiou durante o depoimento, ao saber que seria preso, e teve de ser atendido por socorristas do Supremo Tribunal Federal (STF).

A CNN diz também que a Polícia Federal (PF) realizou uma nova busca e apreensão na casa do tenente-coronel em Brasília. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro voltou a ser preso ao depor sobre áudios vazados em que critica o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e a Polícia Federal (PF).

Cid disse a um amigo ter sido vítima de coação por parte da PF, durante os depoimentos no âmbito das investigações sobre suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Nas gravações, reveladas pela revista Veja, o militar também critica Moraes e diz que o magistrado já tem sua “sentença pronta”.

A ordem de prisão preventiva foi determinada por Moraes, que é o relator do inquérito que apura a invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. O ministro é também o responsável pelos inquéritos das milícias digitais e das fake news.

Ao comunicar Cid da nova prisão, não foi informado quais teriam sido as medidas cautelares violadas pelo militar. Em setembro do ano passado, quando teve sua primeira prisão preventiva revogada por Moraes, o tenente-coronel foi alvo de sete medidas:

  • Uso de tornozeleira eletrônica e proibição de se ausentar da Comarca e de sair de casa à noite e nos fins de semana;
  • Afastamento do exercício das funções de seu cargo de oficial no Exército;
  • Obrigação de se apresentar semanalmente perante ao Juízo da Execução da Comarca de origem;
  • Proibição de se ausentar do Brasil e cancelamento de todos os passaportes emitidos em nome do investigado;
  • Suspensão imediata de porte de arma de fogo, bem como de realizar atividades de colecionador, tiro desportivo e caça;
  • Proibição de utilização de redes sociais;
  • Proibição de se comunicar com os demais investigados, com exceção de Gabriela Cid (esposa), Beatriz Cid (filha) e Mauro Lourena Cid (pai).

Em sua decisão de setembro, Moraes havia anotado que “o descumprimento de qualquer uma das medidas alternativas” implicaria a “revogação e decretação da prisão” – o que ocorreu nesta sexta.

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